No post Introdução à História, vimos que esta ciência (História) estuda o passado das diferentes sociedades humanas... com base num estudo criterioso, investigativo e sistemático sobre a humanidade através dos tempos, em quatro aspectos principais, isto é: política, economia, sociedade e cultura. Só o homem é capaz de fazer e viver estas coisas mencionadas. Mas todos estes aspectos devem seguir uma linha de estudo chamado "ciência humana" ou "ciência social". E o estudo sobre a origem do homem também deve seguir a regra: estudo criterioso, investigativo e sistemático.
O que chamamos de "teorias" (no título do artigo) pode ter um significado maior do que simplesmente um "conhecimento especulativo, metódico e organizado de caráter hipotético e sintético", por exemplo, mas pode receber o complemento de ciência, com as regras acima, isto é, mas pode, ademais, dizer que a teoria sobre o Criacionismo, por exemplo, pode receber o nome "teoria científica", assim como o Evolucionismo que já é visto assim na maioria ou (quase) todas as instituições de ensino do mundo.
Vejamos então, o que o conhecimento e as informações sobre cada uma destas teorias podem contribuir para o debate sobre a origem do homem. Vamos porém, dividir estes assuntos assuntos em duas partes: o Evolucionismo (neste post) e o Criacionismo em outro post.
Sobre a Teoria da Evolução fico com o resumo feito por Rainer Sousa e Mariana Araguaia abaixo:
“A Teoria da Criação é fruto de um conjunto de pesquisas, ainda em desenvolvimento, iniciadas pelo legado deixado pelo cientista inglês Charles Robert Darwin e pelo naturalista britânico Alfred Russel Wallace.
Em suas pesquisas, ocorridas no século XIX, Darwin procurou estabelecer um estudo comparativo entre espécies aparentadas que viviam em diferentes regiões. Além disso, ele percebeu a existência de semelhanças entre os animais vivos e em extinção. A partir daí, concluiu que as características biológicas dos seres vivos passam por um processo dinâmico em que fatores de ordem natural seriam responsáveis por modificar os organismos vivos. Ao mesmo tempo, ele levantou a ideia de que os organismos vivos estão em constante concorrência e, a partir dela, somente os seres melhores preparados às condições ambientais impostas poderiam sobreviver.
Por perceber que se tratava de descobertas polêmicas, e que contrariavam ideias consideradas absolutas, como a de que as espécies eram imutáveis, Darwin teve receio em divulgá-las. Wallace, que admirava de longe o prestígio do famoso naturalista, enviou a ele alguns de seus escritos acerca de ideias que estava desenvolvendo. Surpreendentemente, ambos estavam estudando o mesmo fenômeno - constatação esta que encorajou Darwin a abrir mão de seu segredo e publicar, juntamente com Wallace, suas descobertas, em 1858.
Contando com tais premissas, esta teoria afirma que o homem e o macaco possuem uma mesma ascendência, a partir da qual estas e outras espécies se desenvolveram ao longo do tempo. Contudo, isso não quer dizer, conforme muitos afirmam, que Darwin supôs que o homem é um descendente do macaco. Em sua obra, A Origem das Espécies, ele sugere que o homem e o macaco, em razão de suas semelhanças biológicas, teriam um mesmo ascendente em comum.
A partir destas afirmações e dispondo de outras áreas da ciência, como a Genética e a Biologia Molecular, vários membros da comunidade científica, ao longo dos anos, se lançaram ao desafio de compreender o processo de variação e adaptação de populações ao longo do tempo, e o surgimento de novas espécies a partir de outra preexistente.
Quanto a uma das espécies estudadas, Homo sapiens sapiens, surgida há aproximadamente 120 mil anos, sabe-se que esta tem parentesco com os antigos hominídeos. Este grupo, que surgiu há mais de quatro milhões de anos, contempla, além de nós, o Homo habilis (2,4 – 1,5 milhões de anos) o Homo erectus (1,8 – 300 mil anos), o Homo sapiens neanderthalensis, com cerca de 230 a 30 mil anos de existência, e vários outros. Uma constatação interessante é a de que hominídeos de espécies diferentes já coexistiram em um mesmo período.
No dia a dia, costumamos nos referir à expressão "teoria" como sendo algo superficial, simplório, uma especulação. Entretanto, nas investigações científicas, o termo se refere a uma hipótese confirmada por inúmeras experimentações, com alto grau de precisão, durante muito tempo. Assim, estas são dignas de bastante credibilidade. A Teoria da Evolução, assim como a Teoria da Gravitação Universal, são alguns exemplos".
Observe que SOUSA & ARAGUAIA afirmam que o Evolucionismo, que é tido como “teoria” tem grande aceitação e credibilidade por apresentar alto grau de precisão. As divisões da Pré-história bem como suas características, por exemplo, seguem esta teoria, embora, como vemos no pequeno vídeo abaixo, alguns aspectos da evolução (micro-evolução ou adaptação das espécies) são possíveis.
Veja também:
Na sequência deste assunto veremos (em outro post) o que é o Criacionismo, como já mencionamos acima.
Veja ainda a resposta de Augusto Nicodemus sobre se “o cristão pode aceitar a teoria da evolução”.
Nota / Referência:
- SOUSA, Rainer Gonçalves e ARAGUAIA, Mariana. Teoria da Evolução. Brasil Escola (Imagem e texto ). Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/historiag/evolucionismo.htm>. Acesso em 13/06/2022.