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28 abril 2020

Filipe de Betsaida, Apóstolo de Cristo


Filipe (Apóstolo)[1]
No dia seguinte quis Jesus ir à Galiléia, e achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me.
E Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro. Filipe achou Natanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de Nazaré, filho de José
” (Jo 1.43-45)[2].
Continuando a tarefa de estudos sobre diversas testemunhas de Cristo, que marcaram a história da Igreja, já fiz menção de dois deles, mais ou menos em ordem cronológica de suas mortes, que são o Diácono e Evangelista Estêvão, morto por volta de 34 a 37, e Tiago, filho de Zebedeu, entre 41 e 54 (provavelmente em 44), e agora, queremos destacar abaixo sobre a pessoa de Filipe.
Filipe, um dos apóstolos de Cristo, foi chamado por Jesus, para ocupar o colégio apostólico, um dia após André e Simão e foi usado como instrumento para a escolha também de Natanael.
Filipe morava em Betsaida (casa da pesca, em hebraico), a “... Betsaida da Galileia” (Jo 12.21), uma das seis divisões políticas da Palestina, na época. Ele aparece em 5º lugar nas listas dos apóstolos de Mt 10.2-4, Mc 3.16-19 e Lc 6.13-16. Outras referências sobre Filipe no Novo Testamento, encontramos quando ele questionou a Jesus sobre onde poderia se comprar tanto pão, na ocasião em que foram alimentados quase cinco mil homens (Jo 6.5,7), quando pede a Jesus para ver o Pai (Jo 14.8) e entre os demais apóstolos, após a ressurreição de Jesus (At 1.13).
Obviamente, Filipe continuou fazendo a obra de Cristo como apóstolo depois de Atos 1.13, mas não encontramos mais referências sobre ele no Novo Testamento. Inclusive, há confusão na tradição deste Filipe com o outro Filipe, evangelista, mencionado em Atos, escolhido dentre os sete diáconos (At 1.5). Alguns pensam que a Ásia foi o cenário de seus primeiros labores, e que no final de sua vida ele esteve em Hierápolis, na Frígia, onde sofreu um martírio cruel por enforcamento.
Bem, MILLER informa, sobre a morte de Filipe, apenas que ele sofreu um “martírio cruel”, enquanto outras fontes acrescentam “morte por enforcamento” e ainda outras[3], que Filipe morreu “crucificado e apedrejado” no ano 80.
Referências bibliográficas:
DOUGLAS, J. D. (Editor Organizador). O Novo Dicionário da Bíblia, Vol. II. São Paulo: Vida Nova, 1979 (3ª ed.).
MILLER, Andrew. A História da Igreja, Vol. I. São Paulo: Depósito de Literatura Cristã, 2011.


Notas:


[1] Filipe (Apóstolo). Imagem meramente ilustrativa, extraída de: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Filipe_(ap%C3%B3stolo)>. Acesso em: 27/04/2020.
[2] Todas as referências bíblicas utilizadas neste texto são da versão ACF (Almeida e Corrigida Fiel). Disponível em: <https://www.bibliaonline.com.br/acf>. Acesso em: 27/04/2020.
[3] (Cf. Nota 1).

25 abril 2020

A era dos mártires (III): a igreja de Jerusalém

A era dos mártires (III): a igreja de Jerusalém

Por
GONZÁLEZ, Justo L. E até aos confins da Terra: uma história ilustrada do Cristianismo: a era dos mártires – Vol. 1. São Paulo: Vida Nova, 1995 (Reimpressão), pág. 31 a 036.


A Igreja Primitiva

(Fonte: <http://estudosbiblicospalavrachave.blogspot.com/2014/07/a-igreja-primitiva.html>

Artigo completo em PDF:

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23 abril 2020

A era dos mártires (II): a plenitude do tempo

A era dos mártires (II): a plenitude do tempo 

Por
GONZÁLEZ, Justo L. E até aos confins da Terra: uma história ilustrada do Cristianismo: a era dos mártires – Vol. 1. São Paulo: Vida Nova, 1995 (Reimpressão), pág. 015 a 030.


Texto e imagens adaptados 

Por: 

Alcides Barbosa de amorim




Artigo completo em PDF:

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22 abril 2020

A era dos mártires (I): Cristianismo e história

A era dos mártires (I): Cristianismo e história

Por
GONZÁLEZ, Justo L. E até aos confins da Terra: uma história ilustrada do Cristianismo: a era dos mártires – Vol. 1. São Paulo: Vida Nova, 1995 (Reimpressão), pág. 011 a 014.


Texto adaptado ao novo Acordo Ortográfico
Por:
Alcides Barbosa de amorim.
Naqueles dias foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se” (Lucas 2.1).

Desde as suas próprias origens, o evangelho se inseriu na história humana. De fato, isso é o evangelho: as boas novas de que, em Jesus Cristo, Deus se introduziu em nossa história, em prol de nossa redenção.

Os autores bíblicos não deixam lugar a dúvidas acerca disto. O Evangelho de São Lucas nos diz que o nascimento de Jesus teve lugar na época de César Augusto, e "sendo Quirino, governador da Síria" (Lucas 2:2). Pouco antes, o mesmo evangelista coloca sua narração dentro do marco da história da Palestina, dizendo-nos que estes fatos sucederam "nos dias de Herodes, rei da Judeia" (Lucas 1:5). O Evangelho de São Mateus começa com uma genealogia que enquadra Jesus dentro da história e das esperanças do povo de Israel, e quase imediatamente nos diz também que Jesus nasceu "nos dias do rei Herodes" (Mateus 2:1). Marcos nos dá menos detalhes, mas não deixa de assinalar que sei] livro trata do que "aconteceu naqueles dias" (Marcos 1:9). O Evangelho de São João quer assegurar-se de que não pensemos que todas estas narrações tenham um interesse meramente transitório, e por isso começa afirmando que o Verbo que foi feito carne no decurso da história humana (João 1:14) é o mesmo que "estava no princípio com Deus" (João 1:2). Mas, depois de tudo, o resto deste evangelho se apresenta como uma narração da vida de Jesus. Por último, um interesse semelhante pode se ver na Primeira Epístola de São João, cujas primeiras linhas declaram que "o que era desde o princípio" é também "0 que temos ouvido, o que temos visto com nossos olhos, o que temos contemplado. e as nossas mãos apalparam" (I João 1:1).

Esta importância da história para compreender o sentido de nossa fé não se limita à vida de Jesus, mas engloba toda a mensagem bíblica. No Antigo Testamento: boa parte do texto sagrado é de caráter histórico. Não só os livros que geralmente chamamos "históricos", mas também os livros da Lei – por exemplo, Génesis e Êxodo – e dos profetas nos narram uma história em que Deus se revelou ao seu povo. À parte dessa história, é impossível conhecer essa revelação.

Também no Novo Testamento encontramos o mesmo interesse pela história. Lucas, depois de completar seu evangelho, seguiu narrando a história da igreja cristã no livro de Atos. Isto não fez Lucas por simples curiosidade antiquária. Ele o fez, principalmente, por fortes razões teológicas. Com efeito, segundo o Novo Testamento, a presença de Deus entre nós não terminou com a ascensão de Jesus. Ao contrário, o próprio Jesus prometeu aos seus discípulos que não os deixaria sós, mas que lhes enviaria outro Consolador (João 14:16-26). E no princípio do livro de Atos, imediatamente antes da ascensão, Jesus lhes disse que receberiam o poder do Espírito Santo, e que em virtude disso seriam testemunhas "até aos confins da terra" (Atos 1:8). A vinda do Espírito Santo, no dia de Pentecoste marca o começo da vida da igreja. Portanto, o que Lucas está narrando no livro que geralmente chamamos "Atos dos Apóstolos" não é tanto os atos dos apóstolos como os atos do Espírito Santo através dos apóstolos. Lucas escreve então dois livros, o primeiro sobre os atos de Jesus Cristo e o segundo sobre os atos do Espírito. O segundo livro, entretanto, quase parece haver ficado incompleto. No final de Atos, Paulo está ainda pregando em Roma, e o livro não nos diz o que aconteceu com ele ou com o resto da igreja. Isto tinha de ser assim, porque a história que Lucas está narrando, necessariamente, não há de ter um finai até que o Senhor venha.

Naturalmente isto não quer dizer que toda a história da igreja tenha o mesmo valor e a mesma autoridade que o livro de Atos. Ao contrário, a igreja sempre creu que o Novo Testamento e a idade apostólica têm uma autoridade única. Do ponto de vista da fé, a história da igreja ou do cristianismo é muito mais que a história de uma instituição ou de um movimento qualquer. A história do cristianismo é a história dos atos do Espírito entre os homens e as mulheres que nos precederam na fé.

Às vezes, no curso desta história haverá momentos em que nos será difícil ver a ação do Espírito Santo. Haverá quem utilizará a fé da igreja para enriquecer-se ou para engrandecer seu poderio pessoal. Outros haverá que se esquecerão do mandamento do amor e perseguirão aos seus inimigos com uma fúria indigna do nome de Cristo. Em alguns períodos parecerá que toda a igreja abandonou por completo a fé bíblica, e teremos de nos perguntar até que ponto tal igreja pode verdadeiramente chamar-se cristã. Em tais momentos, talvez nos convenha recordar dois pontos importantes.

O primeiro destes pontos é que a história que estamos narrando é a história dos feitos do Espírito Santo, sim; mas é a história desses atos entre pessoas pecadoras como nós. Isto se pode ver já no Novo Testamento, onde Pedro, Paulo e os demais apóstolos são apresentados, ao mesmo tempo, como pessoas de fé e pecadores miseráveis. E, se esse exemplo não nos basta, olhemos aos "santos" de Corinto a quem Paulo dirige sua primeira epístola.

O segundo ponto que devemos recordar é que foi precisamente através desses pecadores e dessa igreja, que aparece às vezes corno totalmente descarrilhada, que o evangelho chegou até nós. Ainda através dos séculos mais escuros da vida da igreja, nunca faltaram cristãos que amaram, estudaram, conservaram e copiaram as Escrituras e que desse modo as fizeram chegar aos nossos dias. Além disso, segundo o que iremos ver no curso desta história, nosso próprio modo de interpretar as Escrituras não deixa de manifestar o impacto dessas gerações anteriores.

Uma e outra vez através dos séculos o Espírito Santo tem estado chamando o povo de Deus a novas aventuras de obediência. Nós também somos parte dessa história, desses atos do Espírito.



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Para visualizar e/ou imprimir este texto em PDF,  acesse:


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A era dos mártires (I): Cristianismo e História 

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21 abril 2020

A era dos dogmas e das dúvidas (XI): a opção geográfica

Por
GONZÁLEZ, Justo L. E até aos confins da Terra: uma história ilustrada do Cristianismo: a era dos dogmas e das dúvidas – Vol. 8. São Paulo: Vida Nova, 1984 (1ª ed.), pág. 187 a 210.


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20 abril 2020

A era dos dogmas e das dúvidas (X): a opção pietista

Por
GONZÁLEZ, Justo L. E até aos confins da Terra: uma história ilustrada do Cristianismo: a era dos dogmas e das dúvidas – Vol. 8. São Paulo: Vida Nova, 1984 (1ª ed.), pág. 156 a 186.


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17 abril 2020

A era dos dogmas e das dúvidas (IX): a opção espiritualista

Por
GONZÁLEZ, Justo L. E até aos confins da Terra: uma história ilustrada do Cristianismo: a era dos dogmas e das dúvidas – Vol. 8. São Paulo: Vida Nova, 1984 (1ª ed.), pág. 144 a 155.


Artigo completo em PDF:

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16 abril 2020

A era dos dogmas e das dúvidas (VIII): a opção racionalista

Por
GONZÁLEZ, Justo L. E até aos confins da Terra: uma história ilustrada do Cristianismo: a era dos dogmas e das dúvidas – Vol. 8. São Paulo: Vida Nova, 1984 (1ª ed.), pág. 124 a 143.

Todos estes argumentos, ainda que fáceis e
simples, os quais os geômetras usam para 
chegar às suas mais difíceis demonstrações,
 haviam-me dado oportunidade para imagi-
nar que tudo quanto sob o conhecimento
dos homens pode cair, se une do mesmo
modo
” (René Descartes).

 Artigo completo em PDF:

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08 abril 2020

A era dos dogmas e das dúvidas (VII): a ortodoxia reformada

Por
GONZÁLEZ, Justo L. E até aos confins da Terra: uma história ilustrada do Cristianismo: a era dos dogmas e das dúvidas – Vol. 8. São Paulo: Vida Nova, 1984 (1ª ed.), pág. 114 a 123.


Abadia de Westminster, Londres, onde foi realizado o
Concílio (1643-1649) que definiu A Confissão de Fé, de
Westminster, documento que apresenta os
principais pontos da teologia bíblica
pela ótica reformada.

Artigo completo em PDF:

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03 abril 2020

A era dos dogmas e das dúvidas (VI): a ortodoxia luterana

Por
GONZÁLEZ, Justo L. E até aos confins da Terra: uma história ilustrada do Cristianismo: a era dos dogmas e das dúvidas – Vol. 8. São Paulo: Vida Nova, 1984 (1ª ed.), pág. 105 a 113.


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A era dos dogmas e das dúvidas (V): a ortodoxia católica

Por
GONZÁLEZ, Justo L. E até aos confins da Terra: uma história ilustrada do Cristianismo: a era dos dogmas e das dúvidas – Vol. 8. São Paulo: Vida Nova, 1984 (1ª ed.), pág. 081 a 104.


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01 abril 2020

A era dos dogmas e das dúvidas (IV): a revolução puritana

Por
GONZÁLEZ, Justo L. E até aos confins da Terra: uma história ilustrada do Cristianismo: a era dos dogmas e das dúvidas – Vol. 8. São Paulo: Vida Nova, 1984 (1ª ed.), pág. 050 a 080.


Artigo completo em PDF:

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Revolução dos Bichos: características gerais

  Por Alcides Barbosa de Amorim Porco Major [1] O livro Revolução dos Bichos (1945), do indiano George Orwell, nascido durante o domínio b...