O ArrebatamentodaIgreja
é um dos assuntos que compõem a série de estudos
da escatologia,
estudo das últimas coisas. A maioria dos
cristãos acredita que haverá um tempo de sete anos de grande angústia sobre a
terra, chamada de grande
tribulação e que o arrebatamento será um grande “rapto" de cristãos fiéis
que ocorrerá em toda a terra antes deste período. Daí, o nome de
arrebatamento pré-tribulacional.
O texto a seguir é
uma cópia literal do ministério GotQuestions[1], em
relação aos questionamentos sobre os pontos fortes e fracos desta doutrina ou
teoria. Vejamos:
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Na escatologia, é
importante lembrar-se de que quase todos os cristãos concordam com estas três
coisas: 1) Está chegando um momento de grande Tribulação tal como o mundo nunca
viu, 2) depois da Tribulação, Cristo voltará para estabelecer o Seu reino na
terra, e 3) haverá um Arrebatamento -- "repentina transição" da
mortalidade para a imortalidade -- para os crentes (João 14:1-3, 1 Coríntios
15:51-52 e 1 Tessalonicenses 4:16-17). A única questão é esta: quando o
Arrebatamento ocorrerá em relação à Tribulação e à Segunda Vinda?
Com o passar dos
anos, três teorias principais sobre o momento do Arrebatamento têm surgido:
Pré-tribulacionismo (a crença de que ocorrerá antes da Tribulação),
Mesotribulacionismo (a crença de que ocorrerá na metade da Tribulação) e
Pós-tribulacionismo (a crença de que ocorrerá no final da Tribulação). Este
artigo trata especificamente do ponto de vista pré-tribulacional.
O
Pré-tribulacionismo ensina que o Arrebatamento ocorre antes da Tribulação
começar. Naquela época, a igreja irá encontrar Cristo nos ares e em algum
momento depois disso o Anticristo é revelado e a Tribulação começa. Em outras
palavras, o Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo (para estabelecer o Seu
reino) são separados por pelo menos sete anos. Segundo essa visão, a igreja não
passa pela Tribulação.
Biblicamente, o
ponto de vista pré-tribulacional tem muito a seu favor. Por exemplo, a igreja
não é designada à ira (1 Tessalonicenses 1:9-10, 5:9), e os crentes não
passarão pelo Dia do Senhor (1 Tessalonicenses 5:1-9). A igreja de Filadélfia
recebeu a promessa de ser guardada da "hora da provação que há de vir
sobre o mundo inteiro" (Apocalipse 3:10). Note que a promessa não é da
preservação através do julgamento, mas de ser guardada da hora, isto é, do
período de tempo do julgamento.
O
Pré-tribulacionismo também encontra apoio no que não é encontrado nas
Escrituras. A palavra "igreja" aparece dezenove vezes nos três
primeiros capítulos de Revelação, mas, significativamente, a palavra não é
usada novamente até o capítulo 22. Em outras palavras, em toda a longa descrição
da Tribulação de Apocalipse, a palavra igreja é visivelmente ausente. Na
verdade, a Bíblia nunca usa a palavra "igreja" em uma passagem
relativa à Tribulação.
O
Pré-tribulacionismo é a única teoria que claramente mantém a distinção entre
Israel e a igreja e os planos distintos de Deus para cada um. Os setenta
"setes" de Daniel 9:24 são decretados sobre o povo de Daniel (os
judeus) e a santa cidade de Daniel (Jerusalém). Esta profecia torna claro que a
septuagésima semana (a Tribulação) é um tempo de purificação e restauração para
Israel e para Jerusalém, não para a igreja.
Além disso, o
Pré-tribulacionismo tem suporte histórico. De acordo com João 21:22-23, parece
que a igreja primitiva enxergava o retorno de Cristo como iminente, ou seja,
que Ele poderia voltar a qualquer momento. Caso contrário, o boato de que Jesus
voltaria durante a vida de João não teria persistido. A iminência, o que é
incompatível com as outras duas teorias do Arrebatamento, é um princípio
fundamental do Pré-tribulacionismo.
O ponto de vista
pré-tribulacional parece ser o que mais combina com o caráter de Deus e o Seu
desejo de guardar os justos do julgamento do mundo. Os exemplos bíblicos da
salvação de Deus incluem Noé, que foi protegido do dilúvio mundial; Ló, que foi
protegido de Sodoma; e Raabe, que foi protegida de Jericó (2 Pedro 2:6-9).
Um ponto fraco que
se percebe do Pré-tribulacionismo é o seu desenvolvimento relativamente recente
como uma doutrina da Igreja, não tendo sido formulado detalhadamente até o
início do século 19. Um outro ponto fraco é que o Pré-tribulacionismo divide o
retorno de Jesus Cristo em duas "fases" – o Arrebatamento e a Segunda
Vinda – ao passo que a Bíblia não delineia claramente tais fases.
Uma outra
dificuldade enfrentada pela teoria pré-tribulacional é o fato de que certamente
haverá santos na Tribulação (Apocalipse 13:7, 20:9). Os pré-tribulacionistas
respondem a isso distinguindo os santos do Antigo Testamento e da Tribulação
dos santos da igreja do Novo Testamento. Os crentes vivos durante o
Arrebatamento serão removidos antes da Tribulação, mas haverá aqueles que virão
a Cristo durante a Tribulação.
E uma fraqueza final
da visão pré-tribulacional é compartilhada pelas outras duas teorias: a Bíblia
não dá um cronograma explícito em relação a eventos futuros. As Escrituras não
ensinam claramente um ponto de vista ao outro, e é por isso que temos
diversidade de opiniões acerca dos tempos finais e algumas variedades de como
as profecias relacionadas devem ser harmonizadas.
“Ninguém de maneira alguma vos
engane; porque não será assim sem que antes venha a apostasia, e se manifeste o
homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e se levanta contra tudo
o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no
templo de Deus, querendo parecer Deus” (2Ts 2.3-4)[2].
O apóstolo João é o único autor bíblico que usa
a palavra "anticristo", mas resolvemos usar o texto de Paulo acima
como abertura deste artigo por se tratar do mesmo personagem, classificando-o
como o “... homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe, e
se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora”. O Anticristo é o arquioponente de Deus e seu Messias, oposição
refletida no prefixo “anti”, que significa contra, mas que também
pode significar “em lugar de” Deus ou de Cristo ou ambos os significados.
Mesmo no Antigo Testamento, embora Cristo ainda não
tivesse sido encarnado (sua primeira vinda à terra), encontramos um pano de
fundo para este “homem do pecado”, que faz oposição a Deus. Queremos destacar
apenas o “Chifre pequeno”, de Daniel 7. Depois da visão do profeta acerca de
quatro animais: o leão (v. 4), que simbolizava a Babilônia, o urso (v. 6), que
simbolizava o império medo-persa, o leopardo, a Grécia, e o animal terrível e
espantoso que tinha dez chifre (v. 7), relacionado ao Império Romano, aparece
dentre os dez chifres deste quarto animal, um “... chifre pequeno, diante do
qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia
olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas” (v. 8).
Segundo Scofield, a visão deste chifre pequeno trata-se do
fim do domínio mundial gentio.
O ex-império Romano (o reino de ferro de 2:33-35, 40-44; 7:7) terá dez chifres
(isto é, reis, Ap. 17:12), correspondentes aos dez artelhos da imagem.
Considerando esta visão dos dez reis, Daniel vê que entre eles levanta-se um
‘outro pequeno’ chifre (rei) que subjuga três dos dez reis de maneira tão
completa que a identidade separada dos seus reinos é destruída. Sete reis dos
dez são deixados, e o ‘outro pequeno’ chifre que é ‘um príncipe, que há de
vir’, de 9:26, a ‘abominação’ de 12:11 e Mt. 24:15, e a ‘besta do mar’ de Ap.
13:1-10. Ele será o chefe do quarto império mundial restaurado... Alguns
expositores também o igualam ao rei que ‘fará segundo a sua vontade’ de
11:36-45, e ao homem da iniquidade’ de IITs.2:3-8”[3].
Veja que
Scofield, ao comentar sobre o “pequeno chifre”, de Daniel 7.8, relaciona-o com várias
outras referências do próprio livro de Daniel e do Novo Testamento. Pois estes
e outros textos indicam como será o caráter deste “homem do pecado”. Na
referência de Ap 13.20, por exemplo, o Anticristo é chamado de a “besta”; em Dn
9.27, de “assolador”; em Mt 24.15, de “abominável da desolação”; em 2Ts 3.8, de
“iníquo”, além de “filho da perdição”, como já vimos acima. O certo é que o
Anticristo, conforme destaca ainda Scofield, é “... o último e pior tirano
da terra, o cruel instrumento da ira e do ódio de Satanás contra Deus e os
santos judeus. A ele Satanás dará o poder que ele ofereceu a Cristo (Mt.
4:8-9; Ap. 13:4)”[4].
Observe também que Scofield fala deste
personagem como alguém que virá nos últimos dias e será o “último e pior
tirano”, embora outros personagens que serviram de “tipos” (pessoas ou coisas
do passado que prenunciam pessoas ou coisas do futuro) do Anticristo já
viveram antes e depois de Cristo. O próprio João disse que muitos “anticristos”
haviam se levantado (1Jo 2.18,22;
4.3; 2Jo 7). Mas veja que Jesus fala da abominação da desolação “... de
que falou o profeta Daniel” (Mt 24.15), que
estará no lugar santo, apontando para o final dos tempos. Neste caso, os
“anticristos” são aqueles que têm o mesmo espírito do real Anticristo. E quando
este vier, “... firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da
semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá
o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado
sobre o assolador” (Dn 9.27).Ou seja, embora muitos com o espírito do Anticristo já existiram e/ou
existirão, “... é aceita a crença numa personificação do mal através de um
anticristo escatológico, aquele que estará no mundo no dia da segunda vinda de
Cristo (2Ts 2.8). Hitler, alguns líderes religiosos e outros malfeitores da
história foram apontados como sendo o anticristo. Porém, Jesus não voltou em
suas épocas e o título ficou para outra pessoa”[5].
Resumindo, podemos ver que o Anticristo é
chamado na Bíblia por vários nomes, entre eles[6]:
- O chifre pequeno
(Dn 7.8);
- A Besta (Ap 13.1;
14:9; 15:2; 16:2; 17: 3,11;19:20; 20:10);
- O homem do pecado
e filho da perdição (II Ts 2.3);
- O príncipe que há
de vir e o assolador (Dn. 9.26,27);
- Rei de Feroz
Catadura (Dn 8.23);
- Rei voluntarioso
(Dn 11.36);
- O iníquo (2 Ts
2.8);
- O abominável da
desolação (Mt. 24:15).
2.O governo
do Anticristo
“E a besta que vi era semelhante ao
leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o
dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio... E foi-lhe permitido fazer guerra aos
santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação”
(Ap 13.2-7).
Entendo, como os autores citados nas fontes que
utilizamos aqui, a interpretação sobre o Anticristo, o “homem do
pecado”, sob uma perspectiva futurista e que o mesmo governará durante a grande tribulação, que acreditamos ser a
septuagésima (70ª) semana de Daniel. E quando ele vier, “... firmará
aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o
sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso
até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador”
(Dn 9.27). Acreditamos também que este período se trata da “grande ira”
(Ap 12.12; 1Ts 5.9), a “hora da tentação” (Ap 3.10), a “ira futura” (1Ts 1.10)
etc. E ainda interpretamos a expressão “homem do pecado”, dita por Paulo, de
forma literal. Ou seja, o Anticristo trata-se de um homem, uma
personalidade. Mas não um homem qualquer, ele será um grande líder político,
que terá como sede do seu governo a cidade simbólica de Babilônia. Esta
era, nos dias de João, uma referência à Roma, a cidade que fica entre as sete
colinas. “Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são
sete montes, sobre os quais a mulher está assentada... E a mulher que viste é a
grande cidade que reina sobre os reis da terra” (Ap 17.9,8). No sentido escatológico, a Grande Babilônia pode
ter dois significados: “... a Babilônia política (Ap. 17.8-17) e a babilônia
eclesiástica (Ap. 17.1-7,18, 18:1-24). A Babilônia política é o império
confederado da besta, a última forma do domínio mundial gentio. A Babilônia
eclesiástica é todo o Cristianismo apóstata, no qual o Papado sem dúvida será
proeminente; é muito provável que esta união inclua todas as religiões do
mundo... A Babilônia eclesiástica é a ‘grande meretriz’ (Ap. 17:1) e será
destruída pela Babilônia política (Ap. 17:15-18), para que só a besta seja
objeto de culto (IITs. 2:3-4; Ap. 13:15). O poder da Babilônia política será
destruído pela volta do Senhor em glória”[7].
Bem, Lutero e demais reformadores afirmavam categoricamente que a Babilônia
do Apocalipse refere-se à Igreja Católica. Na Confissão de Westminster, por exemplo, destaca
Lucas Banzoli, está explicitada que “... não há outro Cabeça da Igreja senão
o Senhor Jesus Cristo; em sentido algum pode ser o papa de Roma o cabeça dela,
mas ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se
exalta na Igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus”[8]. Continua
ainda Banzoli: “Isso se junta ao fato de que a “mulher”, que representa uma
igreja, estava coberta de nomes da blasfêmia (Ap.17:3), representando uma
igreja apóstata, e não uma igreja fiel. Essa apostasia é a prostituição espiritual
que não podemos encontrar em nenhuma igreja do mundo a não ser em uma
que já foi cristã, mas que se desviou ao longo dos séculos. Sim,
Lutero sabia do que estava falando”[9].
Portanto, o que Scofield e os reformadores afirmam ser a Babilônia
eclesiástica, todo o Cristianismo apóstata, tem relação sem dúvida com a Igreja
Católica e o papado.
O Anticristo ou a besta será um grande líder,
um personagem de muita habilidade e cujas “... sabedoria e capacidade terão
elementos sobrenaturais, pois além do poderio bélico, da alta tecnologia e do
poder econômico, o governo do anticristo contará com uma inédita atuação
diabólica”[10].
Veja como ele exercerá seu poder de forma sobrenatural:
- Ele convencerá as
massas com seus discursos inflamados (Ap 13.5);
- A
Bíblia diz que toda a terra se maravilhará após a besta (Ap 13.3);
- Ele
buscará a paz e travará guerras (Dn 9.27; Ap. 6:2);
- Ele
certamente aparecerá com a solução para as diversas crises sociais e econômicas
que até hoje não foram resolvidas e estabelecerá uma falsa paz (I Ts 5.3; Ap
6.2);
- Durante
a Grande Tribulação, o anticristo declarará ser Deus e exigirá adoração, e
perseguirá severamente os que permanecerem leais a Cristo (II Ts 2.4; Ap
11.6,7; 13.7);
-
Mediante o poder satânico, o anticristo fará grandes sinais e maravilhas a fim de propagar o engano
com mais eficiência (II Ts 2.9; Ap 13.3)[11].
Como já vimos, o governo do Anticristo durará
sete (7) anos e terminará com sua destruição, por Jesus, no momento de sua
segunda vinda. O Senhor o “... desfará pelo assopro da sua boca, e [o] aniquilará pelo esplendor da sua vinda” (2 Ts 2.8).
Mas o Anticristo contará com o apoio outros personagens,
chamados no Apocalipse de o Dragão e o Falso Profeta. O Dragão é identificado como a Antiga Serpente (Ap
12.9), ou o próprio Diabo e Satanás. Isto significa que haverá uma luta
espiritual muito forte naqueles dias. A exemplo
da Gn 3.1-7, esta “antiga serpente” seduzirá a raça humana a cometer a segunda
grande apostasia da história: adorá-lo como deus na pessoa do Anticristo. O
outro embusteiro personagem, o Falso Profeta, “... será convincente e
irresistível. Seus milagres e prodígios serão de tal forma grandiosos que até
fogo fará descer do céu (2 Ts 2.9; Ap 13.13). O apóstolo Paulo chama seus
milagres de mentirosos. Ele realizará dois grandes sinais. O primeiro será uma
falsa ressurreição: fará com que o Anticristo, dado como morto num possível
atentado, volte à vida (Ap 13.3). Diante do acontecido, a humanidade exclamará:
‘Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?’ (Ap 13.4)”.Se o primeiro sinal causou admiração e
espanto, o que não diremos do segundo? Ele ordenará aos que habitam na terra
que ergam uma imagem à besta que sobrevivera à ferida mortal. Em seguida, dará
vida à estátua, que se porá a falar (Ap 13.14,15). Com esses prodígios,
convencerá todos a aceitarem a plataforma de governo do Anticristo”[12].
Quem é o Anticristo? Ele já está
no mundo? Não temos respostas para estas perguntas. O que sabemos por ora, é
que há muitos sinais que indicam seu aparecimento em breve. Apenas há uma força
“restringente” que impede seu aparecimento. “E agora vós sabeis o que o
detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado”
(2Ts 2.6). Este “que o detém”, segundo nosso entendimento, é o Espírito Santo.
Com o arrebatamento da Igreja (assunto para outro momento), o seu Advogado ou
Guia (Jo 16.13), “... que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o
conhece” (Jo 14.17), deixará de ser a força restringente e então homem do
pecado será revelado. “... O Espírito Santo continuará uma atividade divina
até o tempo fim, embora não como um restritor do mal através da Igreja”[13].
Portanto, O Anticristo é o representante
máximo de Satanás e sua mais perfeita representação (1Jo 2.18), um homem
maligno que estará à inteira disposição do Diabo, com o intuito de governar o
planeta em seu nome. Mas sua malignidade será maior nos últimos três anos e
meio da 70ª semana de Daniel (Dn 9.27), ou quarenta e dois meses (Ap
13.5), ou ainda milduzentos e sessenta dias (Ap 11.3). Depois isto, será destruído pelo
“assopro” da boca do Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.
Sugiro a leitura do livro em PDF, Anticristo, porDavid W. Dyer:
[2] Todas as referências bíblicas
utilizadas neste artigo são da versão ACF – Almeida Corrigida Fiel. Disponível
em: <https://www.bibliaonline.com.br/acf>. Acesso em: 25/04/2021.
[3]SCOFIELD, C. I. Nota de Daniel 7.8.
In: Bíblia Sagrada (ARA). São Paulo: Imprensa Batista Regular do Brasil:
1987.
[7] SCOFIELD (Op Cit., Nota 3). Nota
sobre Apocalipse 18.2.
[8] In: BANZOLI,
Lucas. Quem é a Babilônia do Apocalipse? Disponível em:
<http://heresiascatolicas.blogspot.com/2015/01/quem-e-babilonia-do-apocalipse.html>.
Acesso em: 29/04/2021.
[12] Lição 10: O governo do Anticristo,
03/06/2012. Disponível em: <https://escola-ebd.com.br/licao-10-o-governo-do-anticristo/>.
Acesso em: 29/04/2021.
[13] SCOFIELD (Op. Cit., Nota 2). Nota
sobre 2 Ts 2.3ss.
Nos
anos 60, na região em que eu morava no estado do Paraná, houve um surto de
sarampo muito grande – aliás, em todo o Brasil –, que atingia principalmente as
crianças. Eu, ainda muito novo, também fui atingido, enquanto informações sobre
mortes por causa da doença ocupavam os noticiários da época.
E não
havia vacina contra o sarampo? Na época, não. Apenas em 1973 é que “... foi
criado o Programa Nacional de Imunizações – PNI, com os objetivos principais de
organizar, implementar e avaliar as ações de imunização em todo o país”[2]
Sem vacinas, o que as famílias faziam? Corriam atrás de
um arbusto chamado sabugueiro, do qual (de suas folhas e flores) faziam
um chá para os doentes tomarem. Foi o que eu tomei quando tive sarampo. Lembro-me
de ter tido muita febre, precisei ficar de cama e isolado por alguns dias, talvez
(não me lembro) tomando também cibalena, o analgésico mais conhecido na época. Depois
de alguns dias, eu estava curado e imunizado. E, quando surgiu a vacina, nem
precisei tomá-la.
Mas havia comprovação científica que o chá de
sabugueiro curava sarampo? Bem, nem agora há. Hoje, por exemplo, encontrei esta
informação: “... sabugueiro é muito utilizado para tratar os sintomas da
gripe e do resfriado, mas dependendo do modo de uso, pode ser nocivo”[3]. Além disso, neste artigo intitulado
“sabugueiro: riscos e benefícios”, não encontrei nenhuma vez a
informação que ele seja bom para sarampo. Pobres famílias dos anos 60: davam um
remédio caseiro sem comprovação científica para as pessoas doentes de sarampo!
E quanto aos recursos jurídicos para impedirem o uso
de medicamento sem comprovação científica? Ninguém recorriam contra este
perigo? Não! Nos anos 60, não havia partidos como REDE, PT, PDT, PCdoB, PSOL e mais
algum outro. Só tinham apenas dois partidos, ARENA e MDB, e o partido de
oposição (MDB) não se prestava a este trabalho de prevenir famílias contra chá
sem comprovação científica, e assim as mães, principalmente, ficavam à vontade para
buscar o melhor tratamento para seus filhos.
Por que eu estou dizendo isto? Há alguma relação com o
que estamos vivendo hoje no Brasil, em tempos de COVID-19 (ou já é Covid-B21,
em se tratando do nosso país?). Sim, tristemente vejo que os defensores das chamadas "evidências
cientificas" ou qualquer outro nome que se dá, estão impondo seus “cuidados” à sociedade
para alertá-la do perigo de tomar um medicamento sem comprovação cientifica, e
impedindo-a de encontrar o caminho da cura, como fazem partidos como os acima
citados, que costumam defender uso da maconha, por exemplo. Aliás, encontrei esta
matéria atual que diz que “do PT ao PSDB, candidatos defendem legalização da maconha”[4]. E li também que “estudo
mostra potenciais riscos da maconha para a saúde do coração... principalmente
em portadores de doenças cardíacas, o consumo de maconha merece cautela,
segundo cardiologistas”[5], mas isto não vem ao caso,
o que importa é que tratamento precoce – não posso falar o nome de alguns remédios
“perigosos” que compões este tratamento aqui – não serve para tratamento de covid. E na sua esteira, há uma
imensa plateia como imprensa, estudantes, professores, advogados, procuradores e
(pasmem!) até uma quantidade considerável de médicos. Hoje, por exemplo, vi um vídeo de um homem, testado positivo com covid e que foi receitado para ele, dipirona
e outro remédio para enjoo. Ao ser questionado que estes remédios não iriam curá-lo,
o médico afirmou que não poderia receitar outro, para não correr o risco de ter
o registro do CRM cassado.
E onde
entra o chá nesta história? É que no tempo que só havia chá de sabugueiro e nem
tinha tratamento precoce como hoje, mas também não tinham espectadores para
promoverem a festa das mortes, as pessoas se viravam como podiam. Uma pessoa próxima
a mim, segundo foi-me dito, teve covid e tomou chá de boldo e se curou. Mas
foi só isso? Não, mas acredito que também por causa disso. Entendo que se eu estou numa pandemia terrível,
e não há tratamento comprovado contra a mesma, mas existem “alguns chás” ou “tratamento
precoce”, por que não fazer uso dos mesmos? Será que os defensores da maconha, quando pegam
covid preferem ficar apenas com a sua ervinha ou tomam, talvez escondidos, remédio do
qual já ouviu que é bom para a pandemia, como já fizeram algumas personalidades,
inclusive da área da saúde, das quais não quero falar aqui?
O chá
de sabugueiro era resultado da experiência da maioria das famílias, mas não dá
para comparar sarampo com covid. Sim, por isso mesmo a busca pelo remédio que for
– ou parecer ser – mais eficaz contra a doença, deve ser intensa, isto se a
Globo e os “especialistas” deixarem obviamente.
Saudade
do chá de sabugueiro e de quando não havia “especialistas” em "não cura" de pandemias!
ANDRADE, Pr. Claudionor Corrêa de. A Grande Tribulação? São José do Rio Preto/SP CACP – Centro Apologético Cristão de Pesquisas. Disponível em: <http://www.cacp.org.br/a-grande-tribulacao/>. Acesso em: 29/03/2021.
A Grande Tribulação será o período de maior angústia da história
humana, em que os ímpios ver-se-ão constrangidos a reconhecer quão terrível é
cair nas mãos do Deus vivo.
Na língua hebraica, a palavra tribulação é particularmente
forte. ‘Tsará’ significa não somente tribulação, como também necessidade e
esposa rival. Evoca aquelas contendas que havia, por exemplo, entre Penina e
Ana, que levaram esta a uma aflição quase que indescritível (ISamuel 1.15).
A Grande Tribulação recebe as seguintes denominações na Bíblia
Sagrada:
1) Dia do Senhor. “O grande Dia do Senhor está perto, está
perto, e se apressa muito a voz do dia do SENHOR; amargamente clamará ali
o homem poderoso” (Sofonias 1.14).
2) Dia da Angústia
de Jacó: “Ah! Porque aquele dia é tão
grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele,
porém, será salvo dela” (Jeremias 30.7).
3) Ira do Cordeiro: “E os reis da terra, e os grandes, e os ricos,
e os tribunos, e os poderosos, e todo servo, e todo livre se esconderam nas
cavernas e nas rochas das montanhas, e diziam aos montes e aos rochedos: Caí
sobre nós e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono e da
ira do Cordeiro, porque é vindo o grande Dia da sua ira; e quem poderá
subsistir?” (Apocalipse 6.15-17).
Quando Terá Início a Grande Tribulação?
Embora haja muita
controvérsia acerca do tempo em que terá início a Grande Tribulação, a Bíblia é
bastante clara a este respeito. A Grande Tribulação terá início:
1) Após o Arrebatamento da
Igreja: “Como guardaste a palavra da
minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo,
para tentar os que habitam na terra” (Apocalipse 3.10). Neste
período, estaremos recebendo nossos galardões consoante ao trabalho que
executamos na expansão do Reino de Deus.
2) Na metade da 70a Semana de Daniel: A 70a Semana de Daniel terá início imediatamente
após o Arrebatamento da Igreja. A fim de que ela seja melhor compreendida,
dividamo-la em duas partes: a primeira metade da semana será marcada pelo
reinado absoluto do Anticristo, que, assentado no Santo Templo em Jerusalém,
será aceito tanto pelos judeus quanto pelos gentios. Aqueles, tê-lo-ão como o
seu messias; estes, como seu salvador (Daniel 9.27).
3) Noaugedogovernodoanticristo:“Pois que, quando disserem: há paz e
segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto
àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão” (1Tessalonicenses
5.3).
Qual o Objetivo da Grande Tribulação
Tudo o que Deus faz tem um
propósito claro e bem definido. A Grande Tribulação não será deflagrada visando
à destruição da Terra ou o mero castigo do ser humano. Ela visa:
1) Levar os homens a se
arrependerem de seus pecados: “E,
por causa das suas dores e por causa das suas chagas, blasfemaram do Deus do
céu e não se arrependeram das suas obras” (Apocalipse 16.11).
2) Destruir o império do
Anticristo: “E o quinto anjo derramou a sua
taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e os homens
mordiam a língua de dor” (Apocalipse 16.10).
3) Implantar o reino de
nosso Senhor Jesus Cristo: “Mas,
nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais
destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos
esses reinos e será estabelecido para sempre” (Daniel 2.44).
Quem passará pela Grande Tribulação
Há dois grupos distintos
que passarão pela Grande Tribulação:
1) Os judeus: “E, quando o dragão viu que fora lançado na
terra, perseguiu a mulher que dera à luz o varão. E foram dadas à mulher duas
asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é
sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da
serpente. E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio,
para que pela corrente a fizesse arrebatar” (Apocalipse
12.13-15).
2) Os gentios: “Porque todas as nações beberam do vinho da
ira da sua prostituição. Os reis da terra se prostituíram com ela. E os
mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias” (Apocalipse
18.3).
As quatro fases da Grande Tribulação
Durante a 70a Semana de Daniel, cuja última fase será
marcada pela Grande Tribulação, haverá quatro fases distintas:
1) A falsa paz oferecida
pelo Anticristo: “E
olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um
arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso e para vencer” (Apocalipse
6.2).
2) A guerra: “E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que
estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra e que se
matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada” (Apocalipse
6.4).
3) A fome: “E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi o
terceiro animal dizendo: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo preto; e o que
sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão. E ouvi uma voz no meio dos
quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro; e não
danifiques o azeite e o vinho” (Apocalipse 6.5).
4) A morte: “E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a
voz do quarto animal, que dizia: Vem e vê! E olhei, e eis um cavalo amarelo; e
o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e
foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra com espada, e com fome,
e com peste, e com as feras da terra” (Apocalipse 6.7-8).
Os quatro primeiros selos
do Apocalipse são uma admirável síntese do que ocorrerá durante a Grande
Tribulação. Em primeiro lugar, há a falsa paz oferecida pelo Anticristo. Paz
esta, aliás, que por ser estabelecida com base na injustiça, acabará por gerar
guerras e desinteligências entre as nações. Como sói acontecer em períodos de
grandes conflagrações, a guerra trará a fome, que haverá de gerar epidemias e
pestilências.
Importante! Não podemos
confundir o primeiro cavaleiro do Apocalipse com o cavaleiro que aparece neste
mesmo livro em 19.11.
Haverá Salvação Durante a Grande Tribulação
Quando se estuda a Grande
Tribulação, a pergunta é inevitável: Haverá salvação neste período? O livro do
Apocalipse mostra dois grupos distintos de salvos: 1) Os 144 mil provenientes
de todas as tribos de Israel (Apocalipse 7.4-8); 2) E os gentios martirizados
por causa do testemunho de nosso Senhor Jesus Cristo (Apocalipse 7.9-14).
A Bíblia, apesar da
oposição do Anticristo, continuará a ser largamente ensinada. Enganam-se, pois,
os que afirmam que, após o Arrebatamento da Igreja, as Sagradas Escrituras
perderão a sua inspiração sobrenatural e única. Precisamos tomar muito cuidado
com tais ensinamentos, pois não contam com nenhum respaldo bíblico. Diz o
profeta Isaías: “Seca-se
a erva, e caem as flores, mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente” (Isaías
40.8).
Conclusão
Estejamos, pois,
devidamente apercebidos, a fim de que não sejamos pegos de surpresa no dia do
Arrebatamento da Igreja. Os que não subirem terão de enfrentar a Ira do
Cordeiro. Infelizmente, muitos são os que se acham a ressonar a morte
espiritual. É hora de despertar deste sono! Caso contrário, como haveremos de
escapar à Grande Tribulação?