O Arrebatamento da Igreja
é um dos assuntos que compõem a série de estudos
da escatologia,
estudo das últimas coisas. A maioria dos
cristãos acredita que haverá um tempo de sete anos de grande angústia sobre a
terra, chamada de grande
tribulação e que o arrebatamento será um grande “rapto" de cristãos fiéis
que ocorrerá em toda a terra antes deste período. Daí, o nome de
arrebatamento pré-tribulacional.
O texto a seguir é
uma cópia literal do ministério GotQuestions[1], em
relação aos questionamentos sobre os pontos fortes e fracos desta doutrina ou
teoria. Vejamos:
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Na escatologia, é
importante lembrar-se de que quase todos os cristãos concordam com estas três
coisas: 1) Está chegando um momento de grande Tribulação tal como o mundo nunca
viu, 2) depois da Tribulação, Cristo voltará para estabelecer o Seu reino na
terra, e 3) haverá um Arrebatamento -- "repentina transição" da
mortalidade para a imortalidade -- para os crentes (João 14:1-3, 1 Coríntios
15:51-52 e 1 Tessalonicenses 4:16-17). A única questão é esta: quando o
Arrebatamento ocorrerá em relação à Tribulação e à Segunda Vinda?
Com o passar dos
anos, três teorias principais sobre o momento do Arrebatamento têm surgido:
Pré-tribulacionismo (a crença de que ocorrerá antes da Tribulação),
Mesotribulacionismo (a crença de que ocorrerá na metade da Tribulação) e
Pós-tribulacionismo (a crença de que ocorrerá no final da Tribulação). Este
artigo trata especificamente do ponto de vista pré-tribulacional.
O
Pré-tribulacionismo ensina que o Arrebatamento ocorre antes da Tribulação
começar. Naquela época, a igreja irá encontrar Cristo nos ares e em algum
momento depois disso o Anticristo é revelado e a Tribulação começa. Em outras
palavras, o Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo (para estabelecer o Seu
reino) são separados por pelo menos sete anos. Segundo essa visão, a igreja não
passa pela Tribulação.
Biblicamente, o
ponto de vista pré-tribulacional tem muito a seu favor. Por exemplo, a igreja
não é designada à ira (1 Tessalonicenses 1:9-10, 5:9), e os crentes não
passarão pelo Dia do Senhor (1 Tessalonicenses 5:1-9). A igreja de Filadélfia
recebeu a promessa de ser guardada da "hora da provação que há de vir
sobre o mundo inteiro" (Apocalipse 3:10). Note que a promessa não é da
preservação através do julgamento, mas de ser guardada da hora, isto é, do
período de tempo do julgamento.
O
Pré-tribulacionismo também encontra apoio no que não é encontrado nas
Escrituras. A palavra "igreja" aparece dezenove vezes nos três
primeiros capítulos de Revelação, mas, significativamente, a palavra não é
usada novamente até o capítulo 22. Em outras palavras, em toda a longa descrição
da Tribulação de Apocalipse, a palavra igreja é visivelmente ausente. Na
verdade, a Bíblia nunca usa a palavra "igreja" em uma passagem
relativa à Tribulação.
O
Pré-tribulacionismo é a única teoria que claramente mantém a distinção entre
Israel e a igreja e os planos distintos de Deus para cada um. Os setenta
"setes" de Daniel 9:24 são decretados sobre o povo de Daniel (os
judeus) e a santa cidade de Daniel (Jerusalém). Esta profecia torna claro que a
septuagésima semana (a Tribulação) é um tempo de purificação e restauração para
Israel e para Jerusalém, não para a igreja.
Além disso, o
Pré-tribulacionismo tem suporte histórico. De acordo com João 21:22-23, parece
que a igreja primitiva enxergava o retorno de Cristo como iminente, ou seja,
que Ele poderia voltar a qualquer momento. Caso contrário, o boato de que Jesus
voltaria durante a vida de João não teria persistido. A iminência, o que é
incompatível com as outras duas teorias do Arrebatamento, é um princípio
fundamental do Pré-tribulacionismo.
O ponto de vista
pré-tribulacional parece ser o que mais combina com o caráter de Deus e o Seu
desejo de guardar os justos do julgamento do mundo. Os exemplos bíblicos da
salvação de Deus incluem Noé, que foi protegido do dilúvio mundial; Ló, que foi
protegido de Sodoma; e Raabe, que foi protegida de Jericó (2 Pedro 2:6-9).
Um ponto fraco que
se percebe do Pré-tribulacionismo é o seu desenvolvimento relativamente recente
como uma doutrina da Igreja, não tendo sido formulado detalhadamente até o
início do século 19. Um outro ponto fraco é que o Pré-tribulacionismo divide o
retorno de Jesus Cristo em duas "fases" – o Arrebatamento e a Segunda
Vinda – ao passo que a Bíblia não delineia claramente tais fases.
Uma outra
dificuldade enfrentada pela teoria pré-tribulacional é o fato de que certamente
haverá santos na Tribulação (Apocalipse 13:7, 20:9). Os pré-tribulacionistas
respondem a isso distinguindo os santos do Antigo Testamento e da Tribulação
dos santos da igreja do Novo Testamento. Os crentes vivos durante o
Arrebatamento serão removidos antes da Tribulação, mas haverá aqueles que virão
a Cristo durante a Tribulação.
E uma fraqueza final
da visão pré-tribulacional é compartilhada pelas outras duas teorias: a Bíblia
não dá um cronograma explícito em relação a eventos futuros. As Escrituras não
ensinam claramente um ponto de vista ao outro, e é por isso que temos
diversidade de opiniões acerca dos tempos finais e algumas variedades de como
as profecias relacionadas devem ser harmonizadas.
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[1] Quais são os pontos fortes e fracos da visão pré-tribulacional do Arrebatamento (Pré-tribulacionismo)? Disponível em: https://www.gotquestions.org/Portugues/pre-tribulacional.html. Acesso em: 31/05/2021.
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