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04 junho 2020

Escatologia: doutrina das últimas coisas

"Assim diz o Senhor... Eu sou o primeiro, e eu sou o último..." (Is 44.6).
“Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro” (Ap 22.13).
Nas duas referências bíblicas acima destacamos as expressões Primeiro x Último e Princípio (Alfa) x Fim (Ômega), relativas a Deus, Aquele que já escreveu, tanto o primeiro como o último capítulo da história de todas as coisas. Ou seja, desde o Gênesis, que trata das origens de todas as coisas, até o Apocalipse, que revela como essas coisas chegarão ao seu fim, estão sob o controle de Deus.
A disciplina que trata teologicamente, principalmente das “coisas do fim” é chamada ESCATOLOGIA, termo que emprega a junção de duas palavras gregas eschatos (último) e logos (assunto, estudo), ou seja, estudo ou doutrina das últimas coisas. A escatologia bíblica diz respeito não apenas ao destino do indivíduo, mas também se preocupa com a história. Isso se deve ao caráter particular da revelação da Bíblia. Visto que Deus é o Senhor da história, a consumação da obra redentora de Deus incluirá a redenção da própria história. E a tarefa da redenção – dos indivíduos e da história – foi executada por  Jesus, uma das pessoas do Deus Trino, “a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo” (Hb 1.2) e que veio à Terra na "plenitude do tempo" (Gl 4.4).
Jesus é o Messias prometido no Antigo Testamento pelos profetas, que viria redimir os justos e expurgar a terra de todo o mal, enquanto o Novo Testamento vê na encarnação de Cristo o cumprimento da esperança do Antigo Testamento, e em Sua segunda vinda a consumação dessa esperança.
A chegada do Messias já era profetizada como parte do fim ou últimos dias. Veja este verso: “havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho” (Hb 1.1). Aqui, o escritor está falando da primeira vinda de Jesus, mas como sendo nos “últimos dias”. Por isso entendemos que tudo que for relativo à encarnação do Verbo, o Pentecostes, o tempo da Igreja – dispensação da graça –, até a segunda vinda de Cristo nos ares (1Ts 4.17) é parte do fim ou dos últimos dias.
O mesmo “... Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (At 1.11). Mas além da volta do Senhor, este e os demais assuntos abaixo, que também fazem parte da disciplina escatologia, trataremos em capítulos (posts) à parte:
Por ora,
“... tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8).
“... tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos (1Co 10.11).
“... mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo...” (1 Pe 1.5).
“Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia” (2Pe 3.8).

Este texto é apenas uma introdução a estes assuntos listados acima, sobre os quais, repito, pretendemos falar em posts separados.
Ainda sobre esta introdução, sugiro o vídeo abaixo:

Fonte:

  • PEARLMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. São Paulo: vida, 1978 (7ª ed.).
  • SHEDD, R. P. (Editor). O Novo Dicionário da Bíblia, Vol. I. São Paulo: Vida Nova, 1979 (3ª ed.).




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