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17 dezembro 2024

Ciro, o persa... e outros

Por: Alcides Barbosa de Amorim

O rei Ciro, ao qual nos referimos aqui, também chamado de Ciro II e Ciro, o Grande, foi responsável pela formação do Império Persa e a efetivação de uma política de expansão territorial, consolidando um dos maiores impérios da Antiguidade. E também foi um instrumento de Deus em favor de Israel, chamado inclusive por Deus de “meu pastor” e meu “ungido”.

Ciro, o grande, com o seu cilindro [1]

1.  Ciro e o Império Persa

O planalto do Irã, região montanhosa e desértica, situado à leste do Crescente Fértil [2], entre a Mesopotâmia e a Índia, foi povoado pelos medos e pelos persas. A princípio, os persas eram dominados pelos medos. Essa situação se inverteria por volta de 559 a.C., pois nessa época, sob o comando de Ciro, os persas dominaram os medos e passaram a controlar a região.

Com Ciro, os persas se estenderam por um largo território e conquistaram vários reinos como Babilônia, Egito, Reinos da Lídia, Fenícia, Síria, Palestina e regiões gregas da Ásia Menor. Ciro governou entre 559 e 530 a.C.

Ciro era descendente de Teispes, neto de Ciro I e filho de certo Acaemênio Cambises. Dentre suas virtudes destacamos o fato de que ele respeitava os costumes e religiões dos povos conquistados e defendia os direitos humanos. Por conta disto Ciro gozava de elevada reputação também entre os judeus.

Ciro era da Dinastia Aquemênida e depois dele, segue a lista de reis desta dinastia [3]: Cambises II (530-522 a.C.); Esmérdis (522 a.C.); Dario I, o Grande (522-486 a.C.); Xerxes I (486-465 a.C.); Artaxerxes I (465-424 a.C.) etc., até a conquista do Reino por Alexandre, o Grande (336-323 a.C.). Para nosso propósito, no entanto, queremos destacar apenas a pessoa de Ciro, o Grande, e como ele chegou à Babilônia, em 539 a.C., pondo fim à hegemonia babilônica, como – teologicamente falando – um instrumento de Deus para a realização de sua vontade naquele momento histórico, sobretudo em favor de Israel.

2.  Ciro e a conquista de Babilônia

Em Isaías 44.28 se lê: “Que digo de Ciro: É meu pastor, e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: Tu serás edificada; e ao templo: Tu serás fundado”. Ligando os textos bíblicos com a história, sabemos que aqui foi a primeira vez que Ciro é mencionado pelo nome. E o nome Ciro foi profetizado por Isaías cerca de mais de 150 anos antes de ele nascer, pois Isaías profetizou entre 740 e 701 a.C. e Ciro, o persa, reinou entre 559 e 530 a.C.

Deus governa sobre toda a terra usando pessoas como instrumentos para cumprirem seus propósitos. No texto de Isaías 44.24 até 45.25, o instrumento que Deus usou foi Ciro, chamando-o, inclusive de “meu pastor” (44.28) e “ungido” (45.1). Com esse último título (ungido), por exemplo, Ciro é, em determinado sentido, considerado o precursor gentio, ou tipo do Messias: Jesus Cristo. W. Fitch [4] destaca que “... Flavo Josefo (Antiguidades [5], 11:1, seção 2) registra que mostraram a Ciro esta profecia quando ele entrou na Babilônia, resolvendo logo o monarca dar-lhe cumprimento...”. Sabe-se que Isaías faleceu provavelmente em 701 a.C., e em seu trabalho sobre o assunto Gabriel Girotto Lauter afirma que “... isso faz com que muitos tenham dificuldade em crer que se trata de uma profecia genuína, mas defendem que essa porção do livro tenha sido escrita no período em que os fatos aconteceram...[6]”. Mas, como sabemos pelas Escrituras, Deus anuncia o “fim” desde o “princípio” e “... desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam...” (Is 46.10).

Considera-se que a expressão “Que diz a profundeza: ‘seca-te’” (Is 44.27) seja um ardil de que Ciro se serviu para conquistar Babilônia. Nabonido era o rei na época e foi o último governante da Babilônia. “Por artes de engenharia, [Ciro] desviou as águas do Eufrates do seu curso através da cidade, e fez com que os seus soldados entrassem nela pelo leito seco do rio” (Fitch, Nota 4). Isto ocorreu em 539 a.C. Mas, segundo ainda Lauter, “... as tropas de Ciro sitiaram a cidade e seu general entrou nela sem precisar lutar. O povo da Babilônia recebeu Ciro como libertador e não como conquistador...” (Idem, Nota 6). Heródoto, segundo Fitch, informa ainda que “... as portas de Babilônia eram em número de cem. Todas elas se abrirão [abriram] de par em par, revelando tesouros ocultos, escondidos nas caves e lugares secretos da cidade[7]. Bem, podemos resumir o que diz a Bíblia acerca de Ciro, assim, conforme os cinco primeiros versos do capítulo 45 de Isaías:

  • Deus escolheu Ciro como seu agente para cumprir sua divina vontade. E ai dos que se opusessem ao seu governo!
  • Deus o ungiria como rei, iria à sua frente e aplanaria as montanhas.
  • Deus arrebentaria portões de bronze e quebraria trancas de ferro.
  • Deus lhe daria tesouros escondidos e riquezas guardadas em lugares secretos.
  • Ciro cumpriria a vontade do Deus de Israel mesmo não conhecendo-O.

Assim diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão. Eu irei adiante de ti, e endireitarei os caminhos tortuosos; quebrarei as portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro. Dar-te-ei os tesouros escondidos, e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome. Por amor de meu servo Jacó, e de Israel, meu eleito, eu te chamei pelo teu nome, pus o teu sobrenome, ainda que não me conhecesses. Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que tu não me conheças...” (Is 45.1-5).

3.    O decreto de Ciro e o fim do cativeiro

Importante destacar que o Soberano Deus usa reis e outras importantes personalidades como Lhe apraz, seja para castigar ou abençoar o seu povo. Por exemplo, Deus usou também outro rei, este último, porém, com caráter e postura muito diferentes de Ciro, há uns 70 anos antes, por volta de 607 a.C., que foi Nabucodonosor, chamando-o “meu servo” (Jr 27.6), para castigar seu povo, levando-o cativo para a Babilônia. “E toda esta terra virá a ser um deserto e um espanto; e estas nações servirão ao rei de babilônia setenta anos” (Jr 25.11), disse o Senhor. Mas “... no ano primeiro de Dario [8], filho de Assuero, da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre o reino dos caldeus” (Dn 9.1), Daniel entendera pela leitura dos escritos de Jeremias (Dn 9.2), que o cativeiro estava chegando ao fim. E se pôs a orar ao seu Deus. A resposta vinda a ele pelo anjo Gabriel (Dn 9.21) fala da “... ordem para restaurar e para edificar Jerusalém...” (v. 25) até do surgimento do “... príncipe, que há de vir...” (v. 26), assunto do qual já falamos aqui.

Sabemos que a ordem de saída trata-se do edito de Ciro, assinado em 538 a.C., que põe fim ao cativeiro babilônico. Isto significa que Ciro tomou esta decisão um ano após ter conquistado o Império Babilônico. Veja 2Cr 36.22,23; Ed 1.2; 5.13; 6.3. Ciro também devolveu os vasos pertencentes ao templo (Ed 1.7) e proveu fundos para a obra de reabilitação de Judá (Ed 3.7).

O texto do decreto de Ciro tal como foi descrito em Esdras 1.1-4, “... poderia sugerir que Ciro cria em Jeová. No entanto, sabemos pelas inscrições do próprio Ciro que ele também atribuiu as suas vitórias ao deus babilônico Marduc. É provável que Ciro sentisse respeito por vários deuses em geral e redigisse os seus decretos a todas as nações. Provavelmente pediu a qualquer dirigente judaico (quem sabe se Daniel) para redigir o decreto de forma que este fosse aceitável para os judeus[9]. Ciro era benquisto por todos os seus governados, mas não alguém que se convertera ao Deus dos judeus. Mesmo assim, Deus o usou pois como Ele diz: “Eu fiz a terra, o homem, e os animais que estão sobre a face da terra, com o meu grande poder, e com o meu braço estendido, e a dou a quem é reto aos meus olhos” (Jr 27.5); “... o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer" (Dn 4.32). Aliás, a referência de Daniel 4.32, é uma continuação da explicação de Daniel a respeito do sonho que Nabuconosor teve, que dizia respeito à queda da “grande Babilônia”, assim considerada pelo rei. "A sentença sobre Nabucodonosor cumpriu-se imediatamente. Ele foi expulso do meio dos homens e passou a comer capim como os bois. Seu corpo molhou-se com o orvalho do céu, até que os seus cabelos e pelos cresceram como as penas de uma águia, e as suas unhas como as garras de uma ave” (Dn 4.33). O Império Persa também chegou ao fim, em 330 a.C. através do grande rei Alexandre da Macedônia. Veja: “Agora, pois, vou dar-lhe a conhecer a verdade: Outros três reis aparecerão na Pérsia, e depois virá um quarto rei, que será bem mais rico do que todos os outros. Quando ele tiver conquistado o poder com sua riqueza, instigará todos contra o reino da Grécia. Então surgirá um rei guerreiro, que governará com grande poder e fará o que quiser” (Dn 11.2-3). O rei guerreiro (poderoso) mencionado no verso 3 trata-se de Alexandre, o Grande. Mas o fim deste também já estava previsto: “Depois que ele [Alexandre] surgir, o seu império se desfará e será repartido para os quatro ventos do céu. Não passará para os seus descendentes, e o império não será poderoso como antes, pois será desarraigado e dado a outros” (v. 4). E assim, temos uma sucessão de reinos e governantes até a volta do”... REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES” (Ap 19.16).

4.  Existem “Ciros” nos dias atuais?

Como dissemos acima, Deus usou no passado e ainda usa – no presente –, pessoas para exercerem determinadas tarefas segundo a sua vontade no mundo, sejam elas pessoas honestas, religiosas ou não. Normalmente – podemos afirmar – que Deus interfere na história quando determinados fatos têm relação direta com Israel. Devemos lembrar que segundo a Bíblia, quem não é judeu ou israelita é chamado de “gentio”[10(ou estrangeiro), e embora a graça de Deus abranja toda a humanidade [11], há uma aliança dEle específica com seu povo: Israel. De modo que todos que aceitam crer e servir a Deus, tornando-se parte da Igreja de Cristo, têm que ter em mente que o Deus em quem eles creem como cristãos é antes de tudo o Deus de Israel. Portanto, o Deus dos cristãos é o mesmo Deus dos judeus. Não é concebível ser cristão e antissemita, por exemplo. A propósito, veja este meu artigo sobre o assunto: Semitismo, antissemitismo e xenofobia.

Seguindo este raciocínio, podemos dizer que outros “Ciros” (figurativamente e talvez de menor importância) foram e estão sendo usados hoje através da história, para o bem de Israel e de sua Igreja, assim como outros “Nabucodonosores”, “Faraós” ou “Herodes”..., mas para o castigo e/ou disciplina do seu povo. Interferência na história e negócios dos homens é um dos meios como Deus como “Senhor da História”. A tolerância dos pecados homens tem um tempo determinado por Deus. Assim, podemos dizer que Deus interviu em alguns momentos da história modificando seu rumo e permitiu em outros momentos as ações de governantes – inclusive tiranos – para um julgamento posterior. Diversas passagens bíblicas como Ezequiel 38 e 39, Zacarias 12 e 14, Apocalipse 14 etc., tratam do juízo de Deus no futuro, de nações rebeldes e inimigas de Israel. Disse Deus: “Por meu intermédio os reis governam, e as autoridades exercem a justiça; também por meu intermédio governam os nobres, todos os juízes da terra” (Pv 8.15,16 – NVI).

Bem, sobre o holocausto, por exemplo, será que Hitler foi usado ou teve permissão de Deus para praticar aqueles horrores que ele fez aos judeus, matando cerca de seis milhões deles? Ele se gabava, por exemplo, de ter sido escolhido por Deus para castigar os judeus. Aliás, veja aqui, qual foi também a posição cristã católica (mais especificamente, do Papa Pio XII)  e protestante (principalmente de Dietrich Bonhoeffer) sobre as atitudes de Hitler durante a segunda guerra mundial.

Em linhas gerais, como nos Estados Modernos não há reis com poderes absolutos (ou não deveriam ter) e sim democráticos, que dependem da escolha dos seus líderes pelos cidadãos de seus respectivos países, entendo – como um cristão conservador – que para errarmos menos, devemos votar em nossos representantes, seja do Poder Legislativo, mas principalmente do Executivo, que, em linhas gerais, sejam pró-Israel; defensores da cultura judaico-cristã – não se trata de defesa do etnocentrismo ocidental ou do cristianismo apenas –, conservadores que reconhecem os fundamentos do Cristianismo e da Bíblia como alicerce da civilização ocidental; defensores de princípios como honestidade, família tradicional (pai, mãe, filhos), liberdade de comércio, de imprensa e de crença (seja ela qual for); que sejam defensores do Estado laico e não laicismo... Além disso, por princípio, os conservadores são contrários ao Comunismo e defensores do Capitalismo. Como já falamos aquio conservadorismo implica em preservar valores, costumes e tradições da cultura judaico-cristã. Portanto, se alguém é antissemitista, e anticristão, por exemplo, não pode ser considerado um conservador, ao passo que na sociedade, alguém que mesmo não sendo ... cristão, mas aceita os valores cristãos como moral, ética etc., conseguem conviver muito bem com os conservadores...”.

Votando então à questão de que se existem “Ciros” nos dias atuais, podemos afirmar que governantes que consideram os princípios acima sine qua non em sua administração podem ser um Ciro moderno. E acrescento que os que assim o fazem presenciam prosperidade econômica e social em seus países, com as devidas proporções, obviamente, porque na sociedade, aqueles que não aceitam tal postura lutam (e muito) contra suas aplicações das medidas que defendem.

Um exemplo de líder político conservador que até certo ponto, pode se assemelhar a um “Ciro” moderno é Donald Trump nos EUA. Uma matéria do Portal Vox [12], publicada em março de 2018, trazia o título: A história bíblica que a direita cristã usa para defender Trump. A história bíblica é exatamente a de Ciro, o persa. Segundo a matéria, há até uma moeda mostrando Trump e Ciro lado a lado. O apelo e o desejo da direita estadunidense de ver Trump presidente do seu país (agora, novamente eleito), significa que esta (grande) parcela da sociedade norte-americana goza dos mesmos princípios que Trump. Acho que estas pessoas não esperam um Trump santo, mas um líder que defende os princípios descritos acima: judaico-cristãos e base da civilização ocidental. Mas o que mais leva em conta na comparação de Trump com Ciro é o fato de ambos defenderem Israel. A maioria dos que apoiam e votam em Trump, portanto conservadores, é cristã. E estes cristãos entendem que a bênção de Abraão está sobre os que apoiam os filhos de Abraão: “E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3).

De 2016 para cá, passei a observar o perfil de outro líder político brasileiro: Jair Bolsonaro. Na época, eu ainda achava que PSDB, por exemplo, era partido de direita. Mas quando percebi que Bolsonaro não era bem quisto nem pela extrema esquerda e nem pelos psdbistas passei a questionar o porquê daquele deputado federa na época ser tão perseguido. Mais adiante, em setembro de 2018, quando levou uma facada acabei descobrindo que quem eu achava ser de direita, na verdade era apenas uma oposição faz-de-conta da extrema-esquerda. Foi nesta época que conheci a expressão de Olavo de Carvalho: “o teatro das tesouras”. A defesa da crença em Deus, de apoio a Israel, da família tradicional etc., foram os temas que mostram a grande diferença entre os verdadeiros conservadores e os demais. Jair Bolsonaro está sempre cercado de apoiadores e conta com grande popularidade dos conservadores, cristãos, em sua maioria. E mesmo inelegível (no momento, pelo menos – dezembro de 2024) [13] e mesmo depois de tanta perseguição que sofreu durante o seu governo (2019-2022), ainda mantém seu slogan: “Deus, Pátria, Família e Liberdade”. Portanto, embora odiado pela esquerda ele é recompensado pelo apreço da maioria dos cristãos por conta desta sua defesa dos mesmos princípios conservadores, mas que – podemos afirmar – seus princípios servem para todos. O país de Jair Bolsonaro é muito diferente do de Trump, e não teria a mesma relevância. Quando o Presidente dos EUA fala ou toma alguma medida, esta tem repercussão internacional. A mesma atitude de Jair Bolsonaro não teria o mesmo efeito, mas seu país e parte do mundo seriam beneficiados como já foi entre 2019 e 2022, em meio a um turbilhão de críticas de opositores, pandemia, justiça trabalhando contra e assim por diante. Por que ele não foi reeleito em 2022? Bem, este é assunto do qual não podemos falar hoje no Brasil. Outros líderes conservadores, como Javier Milei, na Argentina, Nayib Bukele em El-Salvador, Giorgia Meloni na Itália e outros seguem no mesmo caminho.

Concluindo, o governo de Ciro, o persa, é visto como um governo ideal. Deus usou sua pessoa e outros como seus instrumentos e também abençoa os que têm os princípios conservadores como norteadores de suas administrações. Mas embora, mesmo sendo cidadãos que votamos para escolher nossos representantes, não podemos nos esquecer de que Deus governam as nações. E ao que espiritualmente observo, Deus está permitindo nosso país passar pelo que está passando: Judiciário aliado a um Executivo de extrema-esquerda, portanto contrário aos princípios conservadores. Diz a Palavra de Deus: “Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas” (Rm 13.1). Por meu intermédio os reis governam, e as autoridades exercem a justiça; também por meu intermédio governam os nobres, todos os juízes da terra” (Pv 8.15,16). “Na verdade, as nações são como a gota que sobra do balde; para ele [o Senhor] são como o pó que resta na balança; para ele as ilhas não passam de um grão de areia” (Is 40.15). Que as Nações atuais tenham ou não seus Ciros, o certo é que:

“Já refulge a glória eterna de Jesus, o Rei dos reis

Breve os reinos deste mundo seguirão as Suas leis

Os sinais da Sua vinda mais se mostram cada vez

Vencendo vem Jesus...

(...)

E, por fim entronizado, as nações irá julgar

Todos, grandes e pequenos, o Juiz hão de encarar

E os remidos, triunfantes, lá no Céu irão cantar

Venceu o Rei Jesus!!!”

(in: Cantor Cristão: 112) [14].



Notas / Referências bibliográficas
:

  • [2] O Crescente Fértil “... corresponde a uma região do Oriente Médio, com aproximadamente 500 mil km2 de extensão. Está localizada entre a Jordânia, Líbano, Síria, Egito, Israel, Palestina, Irã, Iraque e parte da Turquia. Abriga grandes rios tal qual o Nilo, Tigre, Eufrates e Jordão. Todos eles tornaram a agricultura o principal meio de subsistência das primeiras grandes civilizações da antiguidade oriental... O ‘Crescente Fértil’ ou ‘Meia Lua Fértil’ recebe esse nome uma vez que a região, se olhada no mapa, possui a forma de uma lua em estágio crescente...”. In: <https://www.todamateria.com.br/crescente-fertil/>. Acesso em: 06/12/2024.
  • [4] FITCH, W. Isaías. Apud: SHEDD, Russel P., Editor. O Novo Comentário da Bíblia, Vol. I. São Paulo: Vida Nova, 1963 (1ª ed.)., pág. 724.
  • [5] FLÁVIO JOSEFO foi um escritor e historiador judeu do século I d.C. Dentre suas obras está Antiguidades Judaicas (AJ). As Antiguidades dos Judeus detalham a história do povo judeu desde a narrativa da criação (Gênesis no Antigo Testamento) a época da escrita de Josefo (Novo Testamento e depois).
  • [6] LAUTER. Gabriel Girotto. Um estudo das profecias sobre Ciro presentes no livro do profeta Isaías. Disponível em:  <https://revista.batistapioneira.edu.br/index.php/ensaios/article/view/102/141>. Acesso em: 09/12/2024.
  • [7] In: FITCH, Nota 4, pág. 724.
  • [8] Dario I, o Grande (522-486 a.C.), foi o quarto rei da Dinastia Aquemênida. Como o Decreto de Ciro, dando oportunidade para os judeus voltarem para sua terra foi assinado em 538 a.C., entende-se que esta oração de Daniel ocorreu cerca de pelo menos uns trinta anos depois. E muita gente ainda não tinha voltado para Israel nesta época.
  • [9] WRIGHT, J. Stafford. Esdras. Apud: SHEDD, Russel P., Editor. O Novo Comentário da Bíblia, Vol. I. São Paulo: Vida Nova, 1963 (1ª ed.)., pág. 431.
  • [10] Os hebreus, povo escolhido por Deus, através de Abraão, com o tempo teve seu Estado, chamado Reino de Israel. Depois de Salomão, houve uma divisão do reino em Israel, formado por dez tribos do Norte, e Judá, formado por duas tribos do Sul. São as tribos do Sul que foram levadas por Nabucodonosor para a Babilônia. Depois disto, o adjetivo judeu (de Judá) passou também a ser sinônimo de hebreu e israelita. O profeta Daniel fala que depois da 69ª semana (Dn 9.25-26 = 7 semanas + 62 semanas) o Messias (Jesus) seria cortado (morto). Jesus veio para todos: judeus e não-judeus, estes chamados de gentios. De judeus e gentios, Jesus, que “... de ambos os povos [judeus e gentios] fez um...” (Ef 2.14) formou sua Igreja. Portanto, os povos bíblicos são: judeus (povo escolhido), gentios (não-judeus) e igreja (judeus e gentios que receberam Cristo como seu Senhor e Salvador). Veja também a nota seguinte.
  • [11] Jesus “... veio para o que era seu [Israel], e os seus [maioria dos israelitas] não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam [Igreja], deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome” (Jo 1.11-12).
  • [13] Enquanto escrevo isto – 14 de dezembro de 2024 –, ouço a notícia da prisão do ex-Chefe do Estado-Maior do Exército do Governo Bolsonaro (2019-2022). Por isso, acho que o caminho para a prisão do líder maior dos conservadores brasileiros, Jair Bolsonaro está aberto e a ditadura do Judiciário já está instalada no Brasil.
  • [14] Louvor "Vencendo Vem Jesus", apresentado pelo local da Igreja Memorial Batista/Brasília. In: <https://www.youtube.com/watch?v=uPn7eHATdS0>. Acesso em: 16/12/2024.

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