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11 setembro 2023

Solus Christus: A Centralidade da Cruz de Cristo

Solus Christus: A Centralidade da Cruz de Cristo

Por Alcides Barbosa de Amorim



A Reforma Protestante foi um movimento reformista ocorrido no seio da igreja cristã no século XVI, iniciado por Martinho Lutero, em 1517. E durante este movimento foram popularizados entre os primeiros reformadores os cinco princípios basilares da fé cristã reformista ou protestante, chamados solas. A palavra sola é a palavra latina para “somente”: Sola Scriptura (Somente as Escrituras); Solus Christus (Somente Cristo), Sola Gratia (Somente a Graça), Sola Fide (Somente a Fé) e Soli Deo Gloria (Somente a Deus, Glória).

Já falamos sobre o primeiro Sola, o sola Scriptura e neste post quero enfatizar o Solus Christus e destacar [1] alguns pontos deste princípio:

  • Quando a igreja abandona o primeiro artigo, a Sola Scriptura, consequentemente acabará abandonando também os outros pontos ou artigos de fé, os outros “solas”.
  • A cruz perdeu seu significado na atualidade. Em pesquisa de 1995, apenas 44% identificaram a cruz como símbolo da fé cristã. Mas a cruz é o ponto central da narrativa bíblica e deve ser também da fé cristã.

  • Segundo Lutero, “a igreja medieval seguia a escada da glória e não a escada da cruz”. Para Lutero, as “imagens de Babel” (Gênesis 11.1-9) representava a igreja medieval, e a escada de “Betel” (Gênesis 28.10-20) representava a descida de Deus até o homem.

  • E a cruz foi o ponto central desta busca ao homem por parte de Deus.

Franklin (Nota 1) destaca 3 escadas que estão presentes ainda hoje:

  • => a escada da especulação, exemplificada pela Teologia Liberal;

  • => a escada das boas obras, exemplificada pela prática da igreja medieval e pelo moralismo de algumas igrejas fundamentalistas;

  • => a escada do misticismo, exemplificada por crentes que tentam chegar a Deus pelo seu próprio esforço, como portadores de “dons” especiais…

A teologia da cruz:

  • Somente conhecemos a Deus na cruz. Deus é conhecido não na força, mas na fraqueza.
  • Deus é conhecido e adorado somente na cruz.
  • Usando uma linguagem militar, Paulo enfatiza que o Cristo crucificado no madeiro venceu o Diabo.
  • O “teólogo” que não ensina a teologia da cruz não deve ser respeitado como tal; a teologia de Lutero é centrada na cruz.

Precisamos pensar:

  • na relação da cruz com a salvação (Rm 3.24-26);
  • na cruz como meio de redenção por Jesus Cristo pela graça;
  • na relação da cruz e a igreja; após a 2ª Guerra Mundial, a igreja colocou Jesus e a cruz para fora;
  • que o critério da pregação é apontar para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo…


Conclusão:

“Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai. 

Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.”

(A Declaração de Cambridge, 2ª Tese).

 

Nota:

  • [1] Destaques do estudo do Professor e Pastor Franklin Ferreira, disponibilizado no You Tube. Link abaixo.


Fontes sugeridas:

  • FERREIRA, Franklin. Solus Christus: A Centralidade da Cruz de Cristo. In: <https://www.youtube.com/watch?v=xj6AtVp5eHg>. Acesso em: 07/09/2023.


Agora, veja o vídeo de Paulo Won, Solus Christus:

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