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16 agosto 2021

Breve história de Cuba

A República de Cuba, maior ilha do mar do Caribe, está localizada na América Central, com uma área aproximada de 110 km², é dirigida pelo regime socialista e cujos habitantes falam a língua espanhola.

Cuba faz parte da América Latina, pelo fato de, originalmente, seu território ter sido colonizado pelos espanhóis e de pertencer ao conjunto de países também de línguas de origem latina: espanhola (parte da América, conquistada pela Espanha, em 1492) e portuguesa (parte da América, conquistada por Portugal, em 1500).

O domínio espanhol na ilha cubana durou aproximadamente 400 anos, e ali se cultivavam tabaco e cana-de-açúcar, com a utilização de mão-de-obra escrava, primeiramente indígena e depois africana.

Por sua localização e seu formato geográfico (uma ilha comprida, espécie de costa protetora no Caribe), Cuba foi usada, juntamente com Porto Rico, como base militar dos Estados Unidos. Assim, ambos tornaram-se seus protetorados após a Guerra Hispano-Americana, pelo Tratado de Paris, em 1898.  Com a vitória dos Estados Unidos sobre a Espanha, os norte-americanos passaram a controlar a ilha.  Importante destacar que Cuba e Porto Rico não foram anexados aos Estados Unidos. Eles formavam, como define o termo protetorado, territórios autônomos, mas protegidos diplomática ou militarmente contra terceiros, por um Estado mais forte, no caso os Estados Unidos.

Cuba tornou-se independente da Espanha, com a ajuda e interesses dos Estados Unidos, em 1891[1]. E, como parte da recompensa, foi permitida a construção de uma base militar na cidade de Guatánamo, onde permanece até hoje. E convém destacar ainda que até a Guerra Fria, em 1959, Cuba continuou mantendo boas relações com os Estados Unidos. A ruptura ocorreu com o revolucionário Fidel Castro. Este era um hábil advogado, filho de um rico fazendeiro e apresentava-se como defensor de camponeses e outros trabalhadores. Em 1953, numa tentativa de golpe contra o ditador Fulgêncio Batista, que ficou no poder de 1952 a 1959, Fidel Castro é condenado a 15 anos de prisão, mas foi anistiado em 1955, mudando-se então para o México, de onde chefia um grupo, no qual se incluem seu irmão Raúl Castro e Ernesto Che Guevara, com os quais viaja a Cuba de balsa em 1956 para lutar contra o exército de Batista. Após três anos de guerrilha, toma o poder em janeiro de 1959 e desde então governa o país até sua morte em novembro de 2016, ficando Raúl em seu lugar.

O principal companheiro de luta de Fidel, Che Guevara, ocupou diversos cargos no seu governo e viajou o mundo como embaixador do país. Matéria da Revista Superinteressante[2], de 1º de agosto de 2014, afirma: “... Che – nome de nascimento, Ernesto Rafael Guevara de la Serna – teria se envolvido em 144 mortes e teria sido responsável pela prisão irregular de 30 mil pessoas”, mas outras fontes, como o Portal Conservador cita, por exemplo, falam em números bem mais assustadores. “De acordo com O Livro Negro do Comunismo, escrito por estudiosos franceses de esquerda (...), ocorreram 14.000 execuções por fuzilamento em Cuba até o final de década de 1960[3]”. A matéria também dá destaque ao dircurso de Che na ONU, em 9 de dezembro de 1964, quando ele confirma que praticou execuções e esmo assim recebe aplausos entusiasmados de seus idolatrados presentes.

Como durante a Guerra Fria, a Cuba de Fidel alinhou-se ao bloco econômico soviético, tornando-se assim o único país socialista da América, os Estados Unidos rompem relações econômicas e diplomáticas com a mesma e impõe o "el bloqueo", que consiste em uma interdição de caráter econômico, financeiro e comercial imposta pelos EUA ao governo cubano no ano de 1962. Posteriormente, o bloqueio tornou-se lei no começo dos anos 90[4]” e teve a proibição aumentada ainda mais com o presidente Bill Clinton, em 1999.



Fidel e Che na Sierra Maestra (*).

Por ser de espírito mais revolucionário que Fidel, ambos – ao que parece – chegam a se desentender e Che se separa de seu amigo e muda-se para o Congo em 1965, abdicando-se dos próprios cargos que tinha em Cuba[1]. Mas no Congo, sua empreitada revolucionária foi um fracasso e no mesmo ano, volta-se na clandestinidade para Cuba. No ano seguinte (1966), entra disfarçado na Bolívia, onde é executado por uma rajada de fuzil em 1967.

Mas o bloqueio econômico não impede os Estados Unidos de exportarem alimentos para Cuba nem de relacionarem com sua economia. Um texto escrito por Nelson Rodríguez Chartrand[6] e publicado pelo Portal Conservador, destaca que apesar do embargo, os Estados Unidos são o principal exportador de produtos agrícolas para Cuba. Veja a tabela:

Desta forma, destaca Chartrand, “... o fato é que, não apenas os EUA têm estado entre os cinco principais sócios comerciais de Cuba, como também, se não bastasse, têm sido os principais fornecedores de produtos agrícolas para a ilha” (Idem). Por isso, independentemente do nível de culpabilidade dos governantes de ambas as partes, é o povo cubano que está sofrendo as consequências.

Veja, a seguir o vídeo de Zoe Martínez, relatando parte do que é a vida em Cuba.


Notas / Bibliografia:

  •  (*)  Fidel e Che. A amizade que marcou a revolução. Imagem e texto (adaptado) disponíveis em: <dn.pt/mundo/fidel-e-che-a-amizade-que-marcou-a-revolucao-5520980.html>. Acesso em: 14/08/2021
  •  [1] PERCíLIA, Eliene. "Cuba"; Brasil Escola (Texto e imagem adaptados). Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/historia-cuba.htm. Acesso em 15/08/2021.
  •  [2] Quem foi Che Guevara? Cinquenta anos após sua morte, Che ainda é motivo de discussão. Disponível em: <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quem-foi-che-guevara/In: <https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quem-foi-che-guevara/>. Acesso em: 14/08/2021. 
  •  [3] FONTOVA, Humberto. O verdadeiro Che Guevara. Disponível em: <https://portalconservador.com/o-verdadeiro-che-guevara/>. Acesso em: 14/08/2021. 
  •  [4] ARÚJO, Felipe. Embargo dos Estados Unidos a Cuba. Disponível em: <https://www.infoescola.com/economia/embargo-dos-estados-unidos-a-cuba/>. Acesso em: 16/08/2021. 
  •  [5] Fidel e Che. A amizade que marcou a revolução. Imagem e texto (adaptado) disponíveis em: <dn.pt/mundo/fidel-e-che-a-amizade-que-marcou-a-revolucao-5520980.html>. Acesso em: 14/08/2021. 
  • [6] CHARTRAND, Nelson Rodríguez. A desconhecida história do embargo cubano. Disponível em: <https://portalconservador.com/a-desconhecida-historia-do-embargo-cubano/>. Acesso em: 16/08/2021.

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