Bispo Urbano I [1]
- O bispo ou papa Urbano I nasceu em Roma, viveu entre 175 e 230 e exerceu seu bispado por 8 anos, entre 222 e 230.
- Seu bispado/pontificado ocorreu num período de tolerância (222-235) do imperador Alexandre Severo, portanto, num momento de relativa paz para os cristãos. Embora a religião do Império Romano fosse o paganismo e a perseguição e o massacre ao cristianismo fosse intenso naquela época, Alexandre Severo permitiu certa liberdade de culto e tolerou razoavelmente o convício entre as crenças.
- Determinou que as esmolas e os legados ofertados à Igreja fossem aplicados exclusivamente em duas direções: sustento/conversão dos pobres e culto divino.
- Estabeleceu pioneiramente o uso de ouro, prata e pedras preciosas em patenas, cálices e vasos sagrados e que o sacramento da Confirmação fosse ministrado, após o Batismo, pelas mãos de um bispo. E também benzeu alguns artefatos deste material para a paróquia de Roma. “Era o início da riqueza que marcaria tão notoriamente a história da Igreja Católica” (Infoescola).
- Organizou a Igreja de Roma em 25 unidades eclesiásticas, as paróquias de Roma e consentiu que a Igreja adquirisse bens.
- Interveio nas disputas sobre o cisma de Hipólito de Roma e ordenou que o patrimônio da igreja doado pelos fiéis não pudesse ser usado, em hipótese alguma, para outros fins a não ser para o sustento dos próprios missionários.
- Foi vítima de calúnia e perseguido pelo prefeito Almáquio, de Roma, sob o império de Alexandre Severo.
- Foi responsável por inúmeras conversões, inclusive, de pessoas de alta classe social, dentre os quais Valeriano, esposo de Santa Cecília, convertida e martirizada, e de Tibúrcio, seu irmão.
A hagiografia apresenta geralmente como martirizados em seu tempo Santa Cecília e companheiros. Entretanto, parece que o bispo Urbano, de que se fala o martirológio, não era este papa, mas, sim, algum homônimo seu, dos tempos de Marco Aurélio ou Cômodo (161-192). In: Wikipedia.
- Urbano, com a aplicação da benção a artefatos religiosos da paróquia de Roma, dava o início da riqueza que marcaria tão notoriamente a história da Igreja Católica.
- Embora o catolicismo já desse sinais de sua preocupação com a riqueza no final do século II, o papa não deixou de pensar nos desvalidos. Mesmo cultuando os objetos de valor, Urbano I determinou que as esmolas ofertadas à Igreja fossem empregadas exclusivamente em duas frentes, o culto divino e os desvalidos. Ou seja, a Igreja demonstrava já seu perfil dúbio que oscila entre riqueza e pobreza.
Notas/Referências bibliográficas:
- [1] Imagem (adaptada) e meramente ilustrativa. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Urbano_I>. Acesso em: 22/04/2025.
- [2] CESAREIA, Eusébio. História Eclesiástica: os primeiros quatro anos da Igreja Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.
- [3] Papa Urbano I:
- a) Disponível em: <https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-geral/papa-urbano-i#google_vignette>. Acesso em: 22/04/2025.
- b) Disponível em: In: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Urbano_I>. Acesso em: 22/04/2025.
- c) Disponível em: In: <https://www.infoescola.com/biografias/papa-urbano-i/>. Acesso em: 22/04/2025.