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6 de fevereiro de 2025

A Faixa de Gaza e o juízo de Deus

 Por: Alcides Amorim 


Faixa de Gaza [1]

O texto que segue é uma reflexão a partir do artigo As Controvérsias sobre a Faixa de Gaza [2] (texto adaptado), publicado pelo Ministério Ensinando de Sião [3], e outros mencionados nas notas.

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A Faixa de Gaza, área situada ao sudoeste de Israel, é uma região que desde os tempos antigos nunca viveu dias de paz. Em 2005, o então primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, aprovou no parlamento seu plano de retirada dos colonos judeus de Gaza, alegando que a região não seria segura o bastante para israelenses. Sharon esperava negociar a região com as lideranças palestinas em troca de paz. No entanto, em 2007, o Hamás assume o controle da Faixa de Gaza e, desde então, o local se tornou um verdadeiro centro de treinamento terrorista. A população de Gaza, apesar das ajudas de Israel, tem sofrido nas mãos do grupo terrorista, que não se preocupa com o bem-estar de seus habitantes nem com o desenvolvimento da região, afixando-se à ideologia irrestrita de “riscar Israel do mapa”. Devido aos últimos ataques do Hamás à população judaica (já considerados os piores do estado moderno), Israel segue em incursão para desmantelar o grupo terrorista e libertar sua população do terror e do medo. Mas uma pergunta permanece: por que esta pequena faixa de terra tem sido para Israel uma terrível “dor de cabeça” nos últimos 3000 anos?

Para responder a esta pergunta, devemos voltar no tempo e analisar a história. Nos tempos de Abraão, a região de Gaza se tornou o reduto dos filisteus. Os filisteus vieram originalmente da ilha de Creta em direção ao Egito em 1176 a.C., mas foram expulsos pelo Faraó Ramses II, sendo banidos para a região de Gaza. O local então ficou conhecido como “Philistiah” ou “terra dos filisteus”. Os filisteus eram pagãos e realizavam sacrifícios humanos ao deus Marnus. Já nos dias da conquista de Canaan por Josué, o próprio Deus delimita o território da tribo de Judá estabelecendo seu limite oeste como o “Mar Grande”, – Mar Mediterrâneo (Js 15.12). Ou seja, a região ocupada pelos filisteus foi dada por Deus ao povo de Israel. Durante os reinados de Saul, Davi e Salomão, os filisteus constantemente atacavam fazendeiros e campos de plantações de Israel, tentando trazer confusão entre o povo.

Mas os filisteus, ou “palestinos”, foram aniquilados pelo rei da Judéia Alexander Jannaeus durante o I século a.C., quando tentaram organizar uma aliança com os Egípcios e os Sírios para derrotar Israel. Já no domínio Romano, após a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C., a região de Gaza passou a ser habitada por nômades e beduínos de origem árabe, que eram responsáveis também pelo comércio de escravos. A região continuou dessa forma até o séc. XIX, quando judeus sionistas de vários países começaram a comprar propriedades em Gaza, imigrando para a região.

Uma vez que Deus deu a terra de Israel para o povo judeu como possessão eterna, a decisão de Ariel Sharon de evacuar a região de Gaza foi contra os princípios bíblicos. Uma vez que a intenção declarada do Hamás é “riscar Israel do mapa”, a troca de território por paz provou ser algo ineficaz e irreal. O profeta Ezequiel relata as fronteiras de Israel na qual a região de Gaza é incluída (Ez 47.13-20). O profeta também relata que Deus enviará um grande juízo sobre os habitantes da região os quais se declaram inimigos de Israel:

“Assim diz o Senhor Deus: Visto que os filisteus se houveram vingativamente e com desprezo de alma executaram vingança, para destruírem com perpétua inimizade, assim diz o Senhor Deus: Eis que eu estendo a mão para com os filisteus, e eliminarei os queretitas, e farei perecer o resto da costa do mar.” (Ez 25.15 e 16).

O profeta Sofonias escreve: “Porque Gaza será desamparada, e Asquelom ficará deserta; Asdode, ao meio-dia, será expulsa, e Ecron, desarraigada. Ai dos que habitam no litoral, do povo dos quereítas! (...) ó terra dos filisteus, Eu vos farei destruir, até que não haja um morador sequer! (...) o litoral pertencerá aos restantes da casa de Judá (...)”. (Sf 2.4-7).

Temos então uma grande controvérsia: De onde virá o juízo sobre Gaza? Será que o Eterno usará o poderio militar de Israel para tal ou testemunharemos uma catástrofe natural? Como Israel poderá habitar em paz com uma região praticamente dentro de seus territórios cuja liderança jura aniquilar a população judaica por completo? Há possiblidade humana de paz quando uma das partes jura destruir e outra?

O enigma com relação à Gaza continua. O que fazer? Israel tem o direito e o dever de defender seus cidadãos, provendo segurança para seus habitantes. Por outro lado, uma coisa é certa: apenas o príncipe da PAZ pode trazer a PAZ que é humanamente impossível. Apenas o Messias de ISRAEL pode redimir e transformar vidas oprimidas e escravizadas em cidadãos do reino de Deus. Que Yeshua seja revelado tanto a judeus e principalmente a palestinos que vivem sob o terror do Hamás. Que o Leão de Judá traga juízo sobre todos aqueles que intentam o mal e a destruição de Israel. Que o Eterno também possa levantar profetas no meio do seu povo, para que orientem os dirigentes da nação a tomarem a decisão correta em relação não só a questões religiosas, mas também para questões políticas e territoriais. Que em meio à tribulação, o nome do ETERNO possa ser buscado e encontrado. Que haja paz sobre Israel!

Ó Deus, não te cales; não te emudeças, nem fiques inativo, ó Deus! Os teus inimigos se alvoroçam, e os que te odeiam levantam a cabeça. Tramam astutamente contra o teu povo e conspiram contra os teus protegidos. Dizem: Vinde, risquemo-los de entre as nações; e não haja mais memória do nome de Israel. Pois tramam concordemente e firmam aliança contra ti. (...) Deus meu, faze-os como folhas impelidas por um remoinho, como a palha ao léu do vento. Como o fogo devora um bosque e a chama abrasa os montes, assim, persegue-os com a tua tempestade e amedronta-os com o teu vendaval. Enche-lhes o rosto de ignomínia, para que busquem o teu nome, SENHOR. Sejam envergonhados e confundidos perpetuamente; perturbem-se e pereçam. E reconhecerão que só tu, cujo nome é SENHOR, és o Altíssimo sobre toda a terra. (Sl 83.2-5, 13-18).

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Bem, no seu artigo o Prof. Matheus Z. Guimarães destaca os atuais habitantes de Gaza são descendentes dos filisteus, que saíram de Creta, em direção ao Egito e expulsos pelo Faraó Ramsés II, em 1176. O professor deixa uma pergunta: “De onde virá o juízo sobre Gaza? Será que o Eterno usará o poderio militar de Israel para tal ou testemunharemos uma catástrofe natural?” Pelos últimos acontecimentos envolvendo Israel e palestinos, vale a pena mais algumas reflexões. Além dos textos expostos por Guimarães, vejamos mais este, do livro de Zacarias 9.3-10:

3 – E Tiro edificou para si fortalezas, e amontoou prata como o pó, e ouro fino como a lama das ruas.

4 – Eis que o Senhor a despojará e ferirá no mar a sua força, e ela será consumida pelo fogo.

5 – Ascalom o verá e temerá; também Gaza, e terá grande dor; igualmente Ecrom; porque a sua esperança será confundida; e o rei de Gaza perecerá, e Ascalom não será habitada.

6 – E um bastardo habitará em Asdode, e exterminarei a soberba dos filisteus.

7 – E da sua boca tirarei o seu sangue, e dentre os seus dentes as suas abominações; e ele também ficará como um remanescente para o nosso Deus; e será como governador em Judá, e Ecrom como um jebuseu.

8 – E acampar-me-ei ao redor da minha casa, contra o exército, para que ninguém passe, nem volte; para que não passe mais sobre eles o opressor; porque agora vi com os meus olhos.

9 – Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta.

10 – E de Efraim destruirei os carros, e de Jerusalém os cavalos; e o arco de guerra será destruído, e ele anunciará paz aos gentios; e o seu domínio se estenderá de mar a mar, e desde o rio até às extremidades da terra.

No seu texto, publicado aqui [4], em 18 de janeiro de 2009,  Haroldo Luís Ribeiro Tôrres Alves destaca que as mortes de mais de mil palestinos à época, e o desejo dos povos árabes de destruírem Israel por completo – riscar Israel do mapa –, podem ser sinais da proximidade da segunda vinda de Cristo que será Rei sobre toda a terra. Um resumo que ele faz sobre o texto acima diz:

“O texto é claro em dizer que Gaza ‘terá grande dor’, ‘o rei de Gaza perecerá, e Asquelom não será habitada’, profecias descritas em Zacarias 9.5, falando das cidades palestinas mais duramente atingidas no conflito atual e também no versículo 6 ainda diz: ‘exterminarei a soberba dos filisteus (palestinos).’ Deus declara no versículo 8: ‘Acampar-me-ei ao redor da minha casa para defendê-la contra forças militantes’ e imediatamente na sequência do texto, Zacarias 9.9, descreve a vinda do Senhor Jesus, conforme a profecia já cumprida e descrita em Lucas 19.28 a 40. Mas o texto não para aí e em Zacarias 9.10 refere a respeito da vinda do Rei que ‘anunciará paz às nações; o seu domínio se estenderá de mar a mar e desde o Eufrates até às extremidades da terra’, uma clara referência à segunda vinda do Senhor Jesus, do mesmo modo que Isaías 9.6 menciona a primeira vinda e Isaías 9.7 descreve a segunda vinda de Cristo para estabelecer o Seu governo em Jerusalém sobre toda Israel com paz sem fim, juízo e justiça, desde aquele momento e para sempre. A sequência do texto de Zacarias no capítulo 9, bem como nos capítulos seguintes são referentes à segunda vinda do Senhor Jesus e o estabelecimento de seu Reino sobre todas as nações.

Outra parte da pergunta do Prof. Matheus Z. Guimarães diz: “Será que o Eterno usará o poderio militar de Israel para tal ou testemunharemos uma catástrofe natural?”. Considerando as vitórias de Israel sobre seus inimigos até hoje e o que afirmam as profecias, podemos afirmar que ambas as situações ocorrerão. Por ora, porém, para os palestinos, principalmente os membros do Hamás e nações vizinhas inimigas de Israel, antes mas próximo do reino do Messias, disse Deus: “Eis que eu farei de Jerusalém um copo de tremor para todos os povos em redor, e também para Judá, durante o cerco contra Jerusalém. E acontecerá naquele dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a carregarem certamente serão despedaçados; e ajuntar-se-á contra ela todo o povo da terra” (Zc 12.2-3).

Veja mais sobre o assunto no vídeo a seguir:



Notas:

  • [3] O Ministério Ensinando de Sião “... é uma instituição de ensino bíblico, composta por não-judeus, descendentes de judeus e judeus. Apregoamos o ensino e a obediência aos Escritos judaicos da Torá (Pentateuco), dos Neviim (Profetas), dos Ketuvim (escritos) e da Brit Chadashá (Nova Aliança – Jr 31:31).  Com base em tais Escritos, cremos ser Yeshua haMashiach o Messias de Israel e veículo da redenção do Eterno, sendo primeiramente enviado há 2000 anos como ‘Mashiach Ben Yossef’, mas que em breve voltará trazendo redenção e paz para os da Casa de Israel e para todas as nações como ‘Mashiach Ben David’...”. Mais em: https://ensinandodesiao.com.br/pagina/66406/quem-somos. Acesso em: 06/02/2025.

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